26/06/2015

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HOJE NO
 "DIÁRIO ECONÓMICO"

Taxistas admitem que confrontos 
com a Uber em Paris podem 
repetir-se em Portugal

Carros emboscados, perseguidos e virados ao contrário, condutores arrancados à força dos veículos, pneus esfaqueados e incendiados, gritos, fogo e fumo. Estas foram algumas das situações mais dramáticas que causaram o caos em Paris e nas principais estradas de acesso entre a cidade e os aeroportos durante o dia de ontem.
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As perturbações foram geradas pelos taxistas parisienses que se encontram em protesto contra o serviço da Uber. E deram resultado. Esta manhã, o ministro francês da Administração Interna anunciou que o serviço Uber é "ilegal" e ordenou o seu "encerramento".

"É o que vai acontecer aqui qualquer dia", disse ao Económico Florêncio Almeida, presidente da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (Antral). O responsável admite mesmo que "há mais de um mês que está a ser pressionado" para isso. "Mais até na Região Norte do que no Sul do país, já tive reuniões nesse sentido e agora com isto em França vai ser pior. A pressão vai ser maior", sublinha.

Florêncio Almeida refere que a Associação "gostava que a solução [de encerrar a empresa] viesse dos tribunais, mas quando a justiça não actua não há nada melhor que a justiça popular (...) Vamos ver o que vai fazer o tribunal, mas posso garantir que se não for para acabar com a empresa a coisa vai aquecer, o que não é benéfico para ninguém", alerta.

O presidente da Antral critica o facto de a Uber continuar a operar no país, mesmo depois de o Tribunal da Relação de Lisboa ter proibido o serviço em Portugal: "Para se resolverem certos problemas na sociedade a coisa mais rápida que existe é a justiça popular. Talvez depois as pessoas responsáveis decidam resolver o problema", sustenta, "assim como em França", acrescenta.

O responsável conclui dizendo que "estes senhores da Uber são indivíduos fora da lei. A Europa não é a América. As leis são para cumprir e eles não cumprem. E pior, em Portugal não há ninguém que os faça cumprir a lei", aponta, avisando ainda que "isto pode mesmo descambar".

A Uber permite que através do telemóvel qualquer pessoa possa pedir transporte a um motorista privado. O pagamento é feito através da aplicação e o passageiro pode acompanhar o trajecto do carro tanto ao ir ter consigo como, depois, no destino para onde quer ir.

De acordo com a empresa,  o serviço UberPop - que está a gerar polémica em França - não está disponível em Portugal. No País, adianta, só operam agentes parceiros licenciados: táxis A, táxis T, rent-a-car e empresas de actividade turística.

* O presidente da Antral está a justificar a violência em França e quase a apelar que o mesmo aconteça em Portugal, tanto primarismo enoja, não percebemos porque não  se  cumpre uma sentença judicial.

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