HOJE NO
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Parque Escolar.
Buraco sobe para 1554 milhões
de euros em 2013
Passivo total aumentou apesar da redução da actividade e das despesas correntes. Endividamento mantém-se acima dos 1100 milhões.
O passivo total da Parque Escolar atingiu os 1554,5
milhões de euros no final de 2013, o que representa um acréscimo de 11,1
milhões (0,7%) em relação a 2012. De acordo com o relatório e contas de
2013, o mais recente disponibilizado pela empresa, o total do passivo
aumentou em 571,1 milhões face a 2011. Se a comparação for com 2009, o
buraco subiu 990 milhões.
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Este agravamento ocorreu apesar da forte redução da sua actividade e
da diminuição de gastos de funcionamento em 2013. “A variação verificada
no passivo corrente decorre sobretudo da transferência de
aproximadamente 37 milhões de euros, do passivo não corrente, de
financiamento de curto prazo obtidos no exercício”, justificam os
responsáveis da empresa criada em 2007 para executar o programa de
modernização da rede pública de escolas secundárias. O endividamento de
médio e longo prazo baixou em 37,1 milhões para 1102,8 milhões de euros,
mas em termos globais manteve-se igual ao de 2012 (1543,4 milhões).
As despesas de investimento do programa de modernização cairão
brutalmente de 275,8 milhões, em 2012, para apenas 63,5 milhões em 2013.
Ainda assim, a empresa fechou o ano com um prejuízo de 16,2 milhões
(mais 1,2 milhões que em 2012). “Em 2013, a empresa continuou a
desenvolver a sua actividade num ritmo moderado/lento, justificado pela
conjuntura económica e financeira adversa, situação que inevitavelmente
se repercutiu nos resultados obtidos pelas suas áreas de negócio –
investimento e manutenção e conservação”, lê-se no documento.
O conselho de administração, que iniciou o seu mandato em Maio de
2013, salienta ainda que foi “um ano de ajustamento ao decréscimo do
investimento e da preparação da sua necessária reorganização, com o
firme propósito de criar as condições para que em 2014 se possam
ultrapassar as dificuldades de concretização com que a empresa se tem
confrontado desde 2011 e se relance o investimento e actividade”.
Aumento da litigância
Além da “manutenção das
medidas de contenção e controlo de investimento das escolas da Fase 3 do
programa”, os responsáveis da Parque Escolar justificam ainda o
“abrandamento” na execução do investimento com a “suspensão de algumas
intervenções em curso, não previstas inicialmente” e “ao acentuar das
dificuldades financeiras de alguns adjudicatários de empreitadas”, que
conduziu ao “incumprimento dos programas de trabalhos e cronogramas
financeiros e, consequentemente, dos prazos contratuais”.
O ano de 2013 ficou mesmo marcado pelo “aumento da litigância e a
necessidade de resolução de alguns contratos de empreitadas”. A empresa
revela que 53% dos contratos com obra em curso tinham “os prazos
contratuais ultrapassados, tendo sido aplicadas penalidades
contratuais”, o que gerou “um volume significativo de contencioso com
empreiteiros”.
A este propósito, o conselho de administração revela que “o número
significativo de tribunais arbitrais em que a Parque Escolar foi
demandada, a complexidade dos litígios e o volume financeiro envolvido
conduziram à necessidade de se proceder à contratação de serviços
jurídicos especializados”.
Este aumento da litigância obrigou a empresa a aumentar
consideravelmente os montantes inscritos na rubrica das provisões, que
dispararam de 3,7 milhões, em 2012, para 68,6 milhões de euros.
A empresa começou o ano com 51 escolas em construção (em 2012 eram
74, e em 2011 162). No final, 14 tinham sido terminadas, nove estavam em
curso, 14 intervenções tinham sido suspensas em 2012 por falta de
financiamento e quatro foram interrompidas na sequência da “resolução
dos respectivos contratos, por motivos de incumprimento das entidades
adjudicatárias”. Em mais dez escolas, os contratos de empreitada
encontravam-se “em vias de resolução”, também decorrentes dos
incumprimentos das entidades adjudicatárias. O número de colaboradores
no final do ano era de 221, menos 51 que em 2012.
* Maria de Lurdes Rodrigues disse numa comissão de inquérito da A.R. que a Parque Escolar era uma festa, de "arromba" acrescentamos.
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