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"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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Islândia anuncia plano para
eliminar controlo de capitais
Para evitar que a liberalização do movimento de
capitais provoque desequilíbrios na economia, o Governo vai impor uma
taxa de 39% sobre o valor dos activos dos bancos que sejam reclamados
pelos credores.
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O governo da Islândia anunciou
esta segunda-feira, 8 de Junho, um plano para eliminar os controlos de
capitais que vigoram desde a crise financeira de 2008.
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PRIMEIRO MINISTRO |
No entanto, para que o processo de liberalização do movimento
de capitais não afecte a estabilidade económica e financeira do país, o
Executivo islandês vai implementar uma série de medidas entre as quais a
imposição de uma "taxa de estabilidade" de 39% sobre o valor dos
activos dos bancos resgatados que sejam reclamados pelos credores, de
forma a desincentivar a venda de activos e evitar desequilíbrios na
economia. A taxa recairá sobretudo sobre os hedge funds, que compraram activos dos bancos falidos em 2008.
"O interesse público exige que os controlos de capital sejam levantados sem comprometer a estabilidade económica e financeira. Os objectivos da estratégia de liberalização em curso são baseadas no princípio fundamental de que os controlos devem ser levantados sem perturbar o equilíbrio da economia e sem encargos financeiros adicionais sobre o Tesouro ou o povo islandês", explica o Governo em comunicado.
"O interesse público exige que os controlos de capital sejam levantados sem comprometer a estabilidade económica e financeira. Os objectivos da estratégia de liberalização em curso são baseadas no princípio fundamental de que os controlos devem ser levantados sem perturbar o equilíbrio da economia e sem encargos financeiros adicionais sobre o Tesouro ou o povo islandês", explica o Governo em comunicado.
Por outro lado, os investidores estrangeiros que detenham
coroas islandesas podem trocá-las por outras moedas através de um
leilão, ou comprar títulos do Tesouro de longo prazo.
Os controlos de capital estão em vigor na nação insular de 330
mil pessoas desde que os três principais bancos do país - Glitnir,
Landsbanki e Kaupthing - colapsaram em 2008, com uma dívida combinada de 85 mil milhões de dólares. Segundo a Bloomberg, as restrições estão a bloquear cerca de 6 mil milhões de dólares de activos.
O colapso da banca arrancou mais de 10% da riqueza do país em apenas
dois anos e mais do que duplicou a taxa de desemprego para o nível
recorde de 11,9%. Contudo, com a economia a voltar à normalidade, a
Islândia há muito que planeia remover os controlos de capital que têm
afectado o investimento.
O banco central do país estima que o PIB cresça 4,5% este ano,
um valor bem acima das projecções da Comissão Europeia para a Zona Euro,
que não vão além de um crescimento de 1,5%.
* Estes Islandeses são um exemplo de unidade nacional, crescem mais que a UE e não vão permitir fugas de capitais, estranho é que as autoridades portuguesas desaprendam com os teóricos de Bruxelas em vez de aprender com os pragmáticos de Reykjavík.
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