HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Bolsa suíça sofre maior tombo
desde 1989
Decisão surpreendente do banco central
suíço em abdicar do câmbio mínimo face ao euro motiva a segunda pior
sessão de sempre na bolsa helvética.
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PSI 20 4.956,77 pontos (1,36%)
A praça de Lisboa
acompanhou os ganhos da Europa, fechando quatro sessões consecutivas de
valorizações. Nota positiva para as construtoras e energéticas, em
particular a Galp, que liderou o movimento positivo a acompanhar as
valorizações de início da tarde no petróleo, entretanto esfumadas. A
Jerónimo Martins corrigiu da melhor sessão em seis anos, estando hoje à
frente das quedas.
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SMI (índice suíço) 8.400,61pontos (-8,67%)
Os
títulos da banca foram dos mais prejudicados pela decisão do banco
central suíço de terminar com a taxa mínima de câmbio em relação ao
euro, ao fim de três anos. A medida desencadeou uma corrida à divisa -
considerada um refúgio -, que encarece a moeda e penaliza o sector
exportador. O director-geral da relojoeira Swatch considerou a decisão
um "tsunami" para as empresas mais expostas ao estrangeiro.
S&P 500 2.001,62 pontos (-0,48%)
Os índices
de Wall Street ainda digerem o impacto da decisão suíça, com os
investidores hesitantes sobre como reagir e a incorporar dados pouco
satisfatórios do lado da evolução dos preços no mercado grossista,
penalizados pela desvalorização do petróleo. Entre os títulos que mais
cedem estão os da banca, depois de resultados trimestrais apresentados
pelo Bank of America e Citigroup piores do que o esperado.
Euro 1,03 francos suíços (-13,57%)
A moeda única
europeia regista uma fortíssima depreciação face à contraparte suíça
depois da decisão sobre a taxa de câmbio. Uma variação que ganha ainda
maior magnitude tendo em conta que ocorre no mercado mais líquido do
mundo, o cambial. Os analistas vêem na decisão de Zurique uma forma de
antecipação face à reunião do BCE, na próxima semana, que pode decidir
um "quantitative easing" na área do euro.
Juros da dívida de Espanha a 10 anos 1,589% (0,043 pontos)
O
aprofundamento da taxa negativa para os depósitos hoje também decidida
em Zurique desperta o refúgio em activos de rentabilidade fixa como as
obrigações, contribuindo para reduzir as 'yields' associadas à dívida
soberana em mercado secundário nos EUA. Na zona euro, são sobretudo as
obrigações alemãs que beneficiam da tendência, apreciando na maioria dos
periféricos (como em Espanha, apesar de hoje ter levantado 4,7 mil
milhões de euros pagando custos mínimos históricos).
Barril de brent $48,30 (-0,8%)
O preço do barril
de ouro negro ainda valorizou quase 6% ao início da tarde em Nova
Iorque, movimento interpretado como recuperação técnica das fortes
quedas dos últimos dias. Mas regressou entretando às desvalorizações,
que também são acompanhadas pelo barril de referência para as compras
nacionais, o brent.
* Andamos ao sabor da vontade de quem põe a mão na massa.
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