31/01/2015

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420.
Senso d'hoje

    FRANCISCO LOUÇÃ
PROFESSOR UNIVERSITÁRIO
SOBRE ELEIÇÕES GREGAS


Na situação em que a Grécia está, tudo se decide no curtíssimo prazo. Ou consegue renegociar a dívida para abater os pagamentos que estão a destruir a economia e a sociedade, ou aceita um programa de austeridade, o que é contrário ao seu programa. As opções são muito claras.

O Syriza, não tendo maioria, e tendo que a constituir, tinha duas opções: ou se juntava a partidos do centro, o Pasok ou o #To Potami - e isso teria um custo enorme para o Syriza porque são os dois partidos que pensam que a Grécia tem de aceitar a imposição europeia -, ou procurava um compromisso com um partido que, ao contrário dos outros, nunca aceitou as medidas da troika. Creio que fez uma prova de força ao constituir, em poucas horas, um governo com esta coligação, porque deu uma prova de força perante a Europa, dizendo que a questão da dívida é a questão decisiva, é sobre ela que o governo se vai concentrar, é por ela que faz um acordo, é em nome dela que governa.

O salário mínimo deve corresponder à qualificações das pessoas, mas deve puxar por elas, não deve ser uma forma de degradar a economia, como é em Portugal.

"Governo do Syriza é o único que defende Portugal"

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 * Excertos de entrevista ao "DINHEIRO VIVO"

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