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Senso d'hoje
Senso d'hoje
FRANCISCO LOUÇÃ
PROFESSOR UNIVERSITÁRIOSOBRE ELEIÇÕES GREGAS
Na situação em que a Grécia está, tudo se decide no curtíssimo prazo. Ou
consegue renegociar a dívida para abater os pagamentos que estão a
destruir a economia e a sociedade, ou aceita um programa de austeridade,
o que é contrário ao seu programa. As opções são muito claras.
O Syriza, não tendo maioria, e tendo que a constituir, tinha duas
opções: ou se juntava a partidos do centro, o Pasok ou o #To Potami - e
isso teria um custo enorme para o Syriza porque são os dois partidos que
pensam que a Grécia tem de aceitar a imposição europeia -, ou procurava
um compromisso com um partido que, ao contrário dos outros, nunca
aceitou as medidas da troika. Creio que fez uma prova de força ao
constituir, em poucas horas, um governo com esta coligação, porque deu
uma prova de força perante a Europa, dizendo que a questão da dívida é a
questão decisiva, é sobre ela que o governo se vai concentrar, é por
ela que faz um acordo, é em nome dela que governa.
O salário mínimo deve corresponder à qualificações das pessoas, mas deve
puxar por elas, não deve ser uma forma de degradar a economia, como é
em Portugal.
"Governo do Syriza é o único que defende Portugal"
.
* Excertos de entrevista ao "DINHEIRO VIVO"
.
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