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"JORNAL DE NOTÍCIAS"
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Elementos da PJ que trabalharam
no Citius refutam acusações
Os dois elementos da Polícia Judiciária que estiveram em comissão de serviço no Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos de Justiça refutaram esta segunda-feira as acusações de terem ocultado informações sobre a plataforma Citius.
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Em comunicado citado pela agência Lusa,
Hugo Tavares e Paulo Queirós asseguraram que, "enquanto dirigentes no
IGFEJ, desempenhando funções, respetivamente, como diretor e como
coordenador do Departamento de Arquitetura de Sistemas, executaram, em
coordenação com as demais entidades e responsáveis do referido IGFEJ, o
que lhes foi pedido e ordenado".
Os dois afirmaram a "convicção,
firmemente presente até ao respetivo afastamento", em finais de outubro,
"de que o trabalho desempenhado e as respetivas circunstâncias de
desempenho haviam sido consideradas mais do que suficientes, no que ao
seu departamento respeitou".
Os elementos da PJ, que cessaram
serviço no IGFEJ por deliberação do conselho diretivo daquele organismo
sob tutela do Ministério da Justiça, sublinharam que "não faltarão,
provavelmente, testemunhas" para "comprovar os factos ocorridos" no
período em que participaram no Projeto Mapa Judiciário - Citius.
"A
forma como o projeto foi levado a cabo encontra-se profusamente
informada e documentada no Ministério da Justiça, cujos responsáveis,
não duvidamos, fornecerão a totalidade da documentação nos processos que
desencadearam e noutros que poderão vir a ter lugar", salientam.
Esclarecem
ainda que "os pormenores" quanto aos factos "deverão ficar em breve
clarificados por via da divulgação dos resultados dos inquéritos em
curso, para cuja celeridade se desencadearão todos os mecanismos ao
dispor, de forma a que os meios de execução de justiça agora em curso
não possam ser usados como instrumentos de política menor, mais do que
até aqui já o foram".
Hugo Tavares, destacado para o IGFEJ desde
2008, e Paulo Queirós, desde 2013, salientaram que trabalharam para "a
concretização das mudanças necessárias" na plataforma de gestão
processual Citius e "em função de uma temporalidade pré-determinada, até
aos primeiros dias de setembro de 2014".
"Enquanto ali
trabalharam, colaboraram como especialistas em projetos de
desenvolvimento de bom governo, com base em sistemas de tecnologias de
informação, produzindo resultados que só podem ter sido considerados
muito positivos", escreveram.
Hugo Tavares e Paulo Queirós
justificaram a elaboração de um comunicado para "minimizar os
indescritíveis danos já provocados na saúde, na vida pessoal e nas
carreiras profissionais" e para "proteger todas as pessoas que, tendo
sido já, ou vindo a ser, tocadas pelos efeitos colaterais da guerra que
contra ambos foi desencadeada".
A plataforma de gestão processual -
de novo operacional há pouco mais de uma semana - bloqueou no arranque
da nova reorganização judiciária, em vigor desde 1 de setembro último,
impedindo a sua utilização pelos tribunais e advogados.
* Nós não acreditamos que os elementos da PJ estejam implicados em alguma vigarice ou fábula conspirativa, é folclore governativo.
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