HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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Directores do Novo Banco que
são arguidos lideravam gestão
financeira do BES
Os dois directores do Novo Banco que foram
constituídos arguidos no âmbito do caso BES tinham responsabilidades no
departamento financeiro desta instituição. Isabel Almeida, antiga
responsável da direcção financeira do BES, e um seu subordinado directo,
estavam sob a tutela do antigo administrador financeiro, Amílcar Morais
Pires.
Isabel Almeida, antiga responsável
máxima da direcção financeira do Banco Espírito Santo, e um seu
subordinado directo que desempenhava funções neste departamento são os
dois directores do Novo Banco que foram constituídos arguidos no caso
que investiga indícios de actuação criminosa no colapso do BES, apurou o
Negócios.
.
Os dois responsáveis estavam sob a tutela do antigo administrador
financeiro do BES, Amílcar Morais Pires, que segundo a imprensa foi, tal
como Ricardo Salgado, um dos visados pelas buscas realizadas esta
quinta-feira pelo Ministério Público a 41 locais. Aliás, Isabel Almeida
constava da lista de propostos a administradores de Morais Pires, quando
foi escolhido pela família Espírito Santo para suceder a Ricardo
Salgado.
Entretanto, o Expresso e o Diário Económico avançam que o nome do
segundo arguido é António Soares, quadro do banco. Nenhum dos dois
visados exerce, actualmente, funções de cariz executivo no Novo Banco.
"Foram constituídos dois arguidos. Esta constituição não está
relacionada com a actividade desenvolvida por estes arguidos no Novo
Banco", garantiu fonte oficial da Procuradoria-Geral da República, ao
Negócios, escusando-se a prestar outros esclarecimentos, dado que "as
investigações relacionadas com o universo Espírito Santo se encontram em
segredo de justiça".
O raide do Ministério Público destinou-se a investigar "suspeitas dos
crimes de burla qualificada, abuso de confiança, falsificação de
documentos, branqueamento de capitais e fraude fiscal". Como o Negócios
noticia esta sexta-feira, um dos alvos das buscas foi o esquema de
emissão fraudulento que o BES usou para se financiar, através da emissão
de obrigações, e para assumir a responsabilidade por parte da dívida do
Grupo Espírito Santo.
A descoberta deste estratagema, que gerou perdas de pelo menos 1.500
milhões de euros, foi possível graças à colaboração de Isabel Almeida,
em Julho, já depois de Ricardo Salgado e Amílcar Morais Pires terem sido
afastados da gestão do BES.
* Surreal, surreal, é o Banco de Portugal!
.
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