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"EXPRESSO"
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Cancro nunca matou tanto em Portugal
Tumores da laringe e do pulmão são os que matam mais. E o futuro não é animador.
Por dia, 70 portugueses morrem em consequência de
tumores malignos, segundo os dados mais recentes, publicados esta
sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). É o número
mais elevado de sempre.
Em 2012 (últimos dados disponíveis), 25.758 portugueses
morreram de cancro. Os tumores malignos são a segunda causa de morte em
Portugal - logo a seguir às doenças do aparelho circulatório
(nomeadamente AVC) - e representam quase um quarto (24%) do total de
óbitos registados no país. Há 20 anos, por exemplo, não chegavam a um
quinto (19%).
A mortalidade provocada pela doença tem vindo sempre a
subir. Só na última década, aumentou 15%. E o futuro não é mais
animador: a Organização Mundial da Saúde estima que o número de mortes
por cancro em Portugal chegue quase aos 31 mil em 2025.
"A incidência e a prevalência desta doença continuarão a
aumentar e, portanto, também o número absoluto de mortes por cancro",
diz Luís Costa, oncologista do Hospital de Santa Maria e investigador do
Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Lisboa.
Apesar de o número absoluto de óbitos estar a subir, a
taxa de mortalidade (mortes em função do total de casos) "não está a
aumentar significativamente", ressalva o especialista. "Morrem mais
doentes porque existem muito mais casos, mas a proporção de doentes que
morre após o diagnóstico não é necessariamente maior".
O envelhecimento da população é uma das principais
explicações para o aumento da incidência do cancro. Os tumores malignos
da laringe, traqueia, brônquios e pulmão são os que mais matam, com 4012
óbitos registados em 2012 (mais de dez por dia). Neste caso, o tabaco é
a maior causa.
"Este grande número de mortes poderia ser evitável se
houvesse maior capacidade de resolução do problema muito grave que é o
tabagismo", diz Luís Costa.
No total, 107.969 pessoas morreram em Portugal em 2012. Quase metade (44%) morreram em casa.
* Os portugueses têm necessidade de, radicalmente, alterar hábitos, tabagismo, alimentação, sedentarismo, são mudanças prioritárias.
* Os portugueses têm necessidade de, radicalmente, alterar hábitos, tabagismo, alimentação, sedentarismo, são mudanças prioritárias.
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