HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
"DIÁRIO ECONÓMICO"
“Cambridge capta mais fundos para
. Inovação que Portugal”
A atribuição da pasta da Inovação ao
comissário português pode fazer as empresas olharem para as
oportunidades do Horizonte 2020.
As empresas portuguesas podem concorrer aos cerca de 80
mil milhões de euros do programa Horizonte 2020.
Henrique Burnay, senior
partner da Eupportunity diz, em entrevista ao programa Capital Humano
do ETV, que os portugueses têm que deixar o rótulo do "bom aluno" e
pensarem que estão na 1ª linha de decisão na Europa.
A primeira
consultora a fazer lobby português com escritório em Bruxelas ajuda a
construir candidaturas com mais probabilidade de conseguir fundos.
Porque é que decidiram criar a Eupportunity?
O grande objectivo foi ajudar as empresas portuguesas a participarem
nos processos de decisão em Bruxelas. Imagine uma mesa, em que estão
sentados 28 estados-membro a negociar fundos e legislação. À volta dessa
mesa sentam-se, em diferentes momentos, empresas, associações e
sindicatos.
E as empresas portuguesas não tinha representantes?
Somos a primeira empresa portuguesa que faz consultoria em assuntos
europeus com escritório em Bruxelas. O nosso lema é "Nós conhecemos
Bruxelas". Sabemos como os processos funcionam, quem é relevante e o que
deve ser dito em cada momento. Falamos com deputados e técnicos da
Comissão Europeia para defender os interesses dos nossos clientes.
Imagine um deputado português que toma dezenas de decisões e participa
em dezenas de votações, é impossível ter informação sobre tudo e é
importante saber junto das empresa portuguesas o que é importante
defender para o país.
Podem ajudar as empresas a captar verbas dos 80 mil milhões inscritos no Horizonte 2020?
Antes de mais é preciso reconhecer imenso mérito à professora Graça
Carvalho que foi uma das relatoras do relatório do Parlamento Europeu
sobre este programa. Vão concorrer a este programa os melhores dos
melhores. E o processo é duplamente complicado. Muitas candidaturas
esbarram logo na 1ª fase por não cumprimento de requisitos formais.
Depois é preciso fazer com que uma ideia, que pode ser óptima, se adapte
às necessidades apresentadas pela Comissão Europeia. Como empresa
ajudamos a cumprir os requisitos formais e a adaptar a ideia às
expectativas e linguagem da Comissão Europeia. Depois ajudamos a
construir os consórcios trazendo outras empresas com mais experiência
na área.
Portugal tem conseguido captar muitas verbas?
O que sabemos é que Portugal coloca muito mais dinheiro do que aquele
que recebe no capítulo de Inovação, As instituições de ensino e
investigação da região de Cambridge, por exemplo receberam mais fundos
que Portugal na área de investigação.
A atribuição da pasta da Inovação ao comissário português é positiva?
Acho óptimo o comissário português, Carlos Moedas, ter esta pasta
porque isso poderá fazer com que as empresas portuguesas olhem mais para
o programa Horizonte 2020 - com um orçamento de 80 mil milhões -
considerando-o uma oportunidade mais próxima.
* Uma entrevista positiva do sr. Henrique Burnay, mas temos dúvidas quanto à capacidade do sr. Carlos Moedas, muito gostaríamos de nos enganar.
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