15/09/2014

.

HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

“Cambridge capta mais fundos para
. Inovação que Portugal”

A atribuição da pasta da Inovação ao comissário português pode fazer as empresas olharem para as oportunidades do Horizonte 2020. As empresas portuguesas podem concorrer aos cerca de 80 mil milhões de euros do programa Horizonte 2020. 

Henrique Burnay, senior partner da Eupportunity diz, em entrevista ao programa Capital Humano do ETV, que os portugueses têm que deixar o rótulo do "bom aluno" e pensarem que estão na 1ª linha de decisão na Europa. 


A primeira consultora a fazer lobby português com escritório em Bruxelas ajuda a construir candidaturas com mais probabilidade de conseguir fundos.

Porque é que decidiram criar a Eupportunity?
O grande objectivo foi ajudar as empresas portuguesas a participarem nos processos de decisão em Bruxelas. Imagine uma mesa, em que estão sentados 28 estados-membro a negociar fundos e legislação. À volta dessa mesa sentam-se, em diferentes momentos, empresas, associações e sindicatos.

E as empresas portuguesas não tinha representantes?
Somos a primeira empresa portuguesa que faz consultoria em assuntos europeus com escritório em Bruxelas. O nosso lema é "Nós conhecemos Bruxelas". Sabemos como os processos funcionam, quem é relevante e o que deve ser dito em cada momento. Falamos com deputados e técnicos da Comissão Europeia para defender os interesses dos nossos clientes. Imagine um deputado português que toma dezenas de decisões e participa em dezenas de votações, é impossível ter informação sobre tudo e é importante saber junto das empresa portuguesas o que é importante defender para o país.

Podem ajudar as empresas a captar verbas dos 80 mil milhões inscritos no Horizonte 2020?
Antes de mais é preciso reconhecer imenso mérito à professora Graça Carvalho que foi uma das relatoras do relatório do Parlamento Europeu sobre este programa. Vão concorrer a este programa os melhores dos melhores. E o processo é duplamente complicado. Muitas candidaturas esbarram logo na 1ª fase por não cumprimento de requisitos formais. Depois é preciso fazer com que uma ideia, que pode ser óptima, se adapte às necessidades apresentadas pela Comissão Europeia. Como empresa ajudamos a cumprir os requisitos formais e a adaptar a ideia às expectativas e linguagem da Comissão Europeia. Depois ajudamos a construir os consórcios trazendo outras empresas com mais experiência na área.

Portugal tem conseguido captar muitas verbas?
O que sabemos é que Portugal coloca muito mais dinheiro do que aquele que recebe no capítulo de Inovação, As instituições de ensino e investigação da região de Cambridge, por exemplo receberam mais fundos que Portugal na área de investigação.

A atribuição da pasta da Inovação ao comissário português é positiva?
Acho óptimo o comissário português, Carlos Moedas, ter esta pasta porque isso poderá fazer com que as empresas portuguesas olhem mais para o programa Horizonte 2020 - com um orçamento de 80 mil milhões - considerando-o uma oportunidade mais próxima.

* Uma entrevista positiva do sr. Henrique Burnay, mas temos dúvidas quanto à capacidade do sr. Carlos Moedas, muito gostaríamos de nos enganar.


.

Sem comentários: