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Leilões já renderam 1,12 milhões 
de euros aos Estaleiros de Viana

Cerca de 60 leilões já realizados pela administração dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) representaram um encaixe financeiro de 1,12 milhões de euros, disse à Lusa o secretário-geral da ‘holding´ estatal Empordef.

Luís Rochartre, secretário- geral da Empresa Portuguesa de Defesa (Empordef), disse que os procedimentos que vêm sendo realizados desde início do ano já permitiram à administração dos ENVC vender cerca de um terço dos 20 mil itens (bens móveis da empresa pública) que ficaram fora do concurso da subconcessão ao grupo Martifer.

Questionado pela Lusa Luís Rochartre afirmou que "não foram criadas expetativas" quanto ao resultado final desta operação que está a ser assegurada por cerca de 40 trabalhadores dos ENVC.
"Não havia propriamente uma estimativa em relação ao valor esperado. A orientação é exatamente realizar o maior valor possível, sendo que estamos completamente dependentes do mercado e das ofertas que nos façam. Alguns leilões não se realizaram porque não aceitamos as propostas com valor abaixo do normal no mercado", explicou.


De acordo com as estimativas apontadas pelo responsável da ‘holding" estatal que tutela os ENVC, atualmente em fase de liquidação, este processo de venda de equipamento deverá ser concluído em setembro ou outubro.

O secretário-geral da Empordef, empresa em processo de encerramento, adiantou que estes materiais móveis não foram incluídos no concurso de subconcessão devido à "necessidade de haver uma descontinuidade da atividade económica dos ENVC face à subconcessão atribuída".

"O concurso incluía um leque alargado de atividades, em que uma delas era a construção naval, e não exclusivamente.

Como tal o que foi considerado como fazendo parte da subconcessão foram os equipamentos não removíveis fundamentais em relação a uma atividade geral na área da metalomecânica", sustentou.
Relativamente ao prazo estabelecido para a liquidação dos ENVC não apontou prazos por "não depender apenas dos ativos da empresa pública".

"O encerramento efetivo tem uma série de outras condições, como fiscais, prazos e realização de assembleias-gerais. São questões bastante complexas do ponto de vista jurídico que não acredito que em outubro estejam concluídas", disse.

A administração ENVC vai lançar nas próximas semanas novos concursos para venda de material depois de na quinta-feira ter vendido mais de 100 mil euros em oito leilões, anunciou fonte da empresa pública.

O montante total dos procedimentos realizados hoje na empresa não ficou apurado uma vez que o valor das toneladas de material vendido, chapas de aço e outras "sobras" da atividade de construção naval, só será fechado nos próximos dias.

Já os leilões das gruas e zorras hidráulicas por mais de 106 mil euros, previstos para hoje, não se realizaram por falta de propostas.

Foi a segunda tentativa, sem sucesso, realizada pelos ENVC para vender as quatro gruas que poderiam ter representado um encaixe financeiro de cerca de 81 950 euros. Já as três zorras hidráulicas tinham preço-base total de 24 600 euros.

* O cadáver ainda dá dinheiro ao Estado, um maquiavélico ministro da Defesa.


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