HOJE NO
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Proibição do véu islâmico
não contraria direitos humanos
Para
o tribunal, a interdição “não é explicitamente baseada sobre a
conotação religiosa das roupas, mas apenas no facto de as mesmas
esconderem o rosto”.
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A
lei proibindo o véu islâmico integral em França não contraria os
direitos humanos e tem um objetivo legítimo, declarou hoje o Tribunal
Europeu dos Direitos Humanos, rejeitando o pedido de uma defensora da
'burqa' e do 'niqab'.
Num veredito definitivo, o tribunal sublinha que “a preservação das
condições do ‘viver em conjunto’ é um objetivo legítimo” das autoridades
francesas, que dispõem a esse respeito de uma “ampla margem de
análise”, e que, consequentemente, a lei aprovada no final de 2010 em
França não é contrária à Convenção Europeia dos Direitos Humanos.
No dia de entrada em vigor daquela lei, em abril de 2011, foi
apresentado ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) um pedido de
parecer sobre a mesma por uma mulher que se declarava adepta quer da
burqa – que tapa todo o corpo incluindo os olhos – quer do niqab – que
deixa apenas os olhos à vista.
A mulher, de 24 anos, contestava e considerava contra a liberdade de
religião a lei que determina que, “no espaço público, ninguém pode usar
vestuário que esconda o seu rosto”. Os infratores incorrem numa pena de
multa de 150 euros e/ou de lições de cidadania.
Segundo os seus advogados, a queixosa considerava ainda “degradante”
não usar o véu integral nos locais públicos e via na lei uma
discriminação e uma violação da sua liberdade de pensamento e de
expressão.
Para o tribunal, a interdição “não é explicitamente baseada sobre a
conotação religiosa das roupas, mas apenas no facto de as mesmas
esconderem o rosto”.
O governo francês sublinhou que a lei não é “antirreligiosa”, tendo a
ver com a dissimulação do rosto no espaço público por qualquer meio e
proibindo assim também o uso de um capuz ou de um capacete de
motorizada.
De acordo com a Assembleia Nacional francesa, apesar de viverem em
França mais de cinco milhões de muçulmanos, a questão da interdição do
véu islâmico integral apenas “envolveria cerca de 1.900 mulheres no
final de 2009”.
A Bélgica, que em 2011 aprovou uma lei semelhante à francesa, associou-se ao processo.
* Recusar a "EURÁBIA" não é xenofobia mas sim cidadania.!
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