06/06/2014

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O QUE NÓS

RECORDAMOS!




Quando eu era criança…

Dez escritores de livros infantis recordam aquilo que liam e os brinquedos que adoravam


No dia 1 de Junho, é celebrada a infância, a primeira época da vida de qualquer pessoa. Contudo, há pessoas que não a deixam logo para trás, e que a revisitam para enriquecer a infância dos outros.

É o caso destes 10 escritores, a quem perguntámos quais foram os livros e brinquedos mais queridos em crianças. Todas estas pessoas criaram obras para o público infanto-juvenil e hoje em dia, povoam a cabeça das nossas crianças. 



José Jorge Letria
62 anos
Publicou mais de uma centena de livros infanto-juvenis

 

O livro: ‘O Diário de Anne Frank’
O brinquedo: caricas

“Entre os 11 e os 12 anos, foram-me dados dois livros que marcaram a minha vida: ‘O Diário de Anne Frank’, em que percebi que os maus não eram piratas e que os bons não eram comboyzinhos, e ‘O Principezinho’, de Antoine de Saint-Exupéry. Não sei quem me ofereceu o Diário. ‘O Principezinho’ foi o meu pai.

Antes, as minhas leituras eram os contos de Andersen, coisas mais tradicionais. Estes dois livros representam um salto na minha vida de pré-cidadão, de um olhar desprevenido e solto da literatura, para uma visão comprometida do mundo.

Os meus brinquedos de rapaz eram comboys e índios de plástico, eram todos importados. E tendas de índios... Estes brinquedos vinham na proporção directa do meu comportamento: se me portasse bem, em vez de dois bonecos tinha três, ou em vez dos bonecos recebia uma tenda. Também tinha carros de Fórmula 1 e fui um pequeno campeão nas corridas de caricas de garrafas, nas bordas dos passeios. 



Entre os 8 e os 12 anos, também brincava com Meccano, umas caixas de segmentos que eram construídas e aparafusadas. Eu fazia casas, castelos, cais com aquilo. O meu pai olhava e dizia: ‘Que grande engenheiro que vamos ter aqui em casa!’ Também tinha kits de aviões da Segunda Guerra Mundial, entre os 8 e os 9 anos, como o Spitfire da RAF. Construí e tinha muitos aviões. Passava meses a juntar as peças, o trem de aterragem. Mas nunca tive jeito para saber onde estavam as peças do meu automóvel...”


A PARTIR DE UM TRABALHO DE LEONOR RISO


IN "SÁBADO"
01/06/14



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