HOJE NO
"i"
Exclusivo i.
DIAP de Lisboa vai investigar Duarte Lima pelos milhões que recebeu de Rosalina
Em causa estão "fundadas suspeitas" de crime fiscal e/ou de abuso de confiança
.
.
O
Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa vai investigar
Duarte Lima por crimes fiscal e/ou de abuso de confiança relacionados
com o processo do assassinato de Rosalina Ribeiro em 2009 no Brasil. É a
primeira vez que o Ministerio Público português investiga o ex-deputado
do PSD por factos referentes ao chamado caso Rosalina Ribeiro.
Na base desta investigação estão as declarações de Lima quando
interrogado no dia 16 em Lisboa a pedido das autoridades judiciais
brasileiras responsáveis pelo processo do homicídio da companheira de
Lúcio Tome Feteira.
O i sabe que a procuradora do Ministério Público junto do 5º juízo
do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa Olinda Webba requereu à
juíza que interrogou Duarte Lima - ao abrigo da carta rogatória
brasileira -que fosse extraída uma certidão das declarações do arguido e
a sua entrega ao DIAP de Lisboa para "averiguação da prática de crime
fiscal e/ou abuso de confiança".
Tal requerimento que consta no processo consulado pelo i terá sido
aceite pela juíza e Duarte Lima voltará a ser interrogado a 24 de Junho
no âmbito deste caso para prestar mais esclarecimentos sobre esta
questão.
A magistrada encarregue de cumprir a rogatória considera mesmo que tais esclarecimentos adicionais são relevantes para o cumprimento diligência solicitada pelas autoridades judiciárias brasileiras.
A magistrada encarregue de cumprir a rogatória considera mesmo que tais esclarecimentos adicionais são relevantes para o cumprimento diligência solicitada pelas autoridades judiciárias brasileiras.
Em causa estão os mais de 5 milhões de euros que Duarte Lima
recebeu de Rosalina Ribeiro e que segundo as autoridades brasileiras a
vítima queria que fossem devolvidos. Aliás, o móbil do crime segundo a
acusação do MP do Rio foi mesmo o facto de o ex-deputado se recusar a
devolver tal quantia.
Porém, segundo as declarações do arguido tal montante refere-se a
honorários adiantados pelo seu trabalho e que foram definidos pela sua
cliente. Quando interrogado recusou-se, no entanto, a dizer à juíza
Claudia Pina se os tinha declarado as Finanças.
A procuradora salienta que embora não se saiba ao certo a data em
que tal dinheiro foi recebido, "atentas as declarações prestadas pelo
arguido (...) existem fundadas suspeitas de que tal valor não tenha sido
declarado à administração fiscal".
É com base em tais suspeitas que a procuradora Olinda Webba pediu
uma extracção da certidão das declarações do arguido e o envio para
investigação ao DIAP de Lisboa.
O i sabe que tal certidão já foi enviada para o departamento liderado por Maria José Morgado.
.
.
Interrogatório de dia 16
Na primeira diligência
os depoimentos de Lima trouxeram novas incoerências. O ex-deputado
garantiu em tribunal que combinou o encontro de dia 7 de Dezembro de
2009 – dia do crime – com a sua cliente ainda em Portugal, durante o dia
1 desse mês. Disse que foi nesse telefonema que combinaram o local e a
hora e que desde aí nunca mais falaram. Porém, na primeira comunicação
que fez à polícia dizia que esse encontro fora agendado dia 5 de
Dezembro.
Ficaram ainda por fazer algumas questões pedidas pelo Brasil.
.
* Em nome da Justiça!
* Em nome da Justiça!
.
Sem comentários:
Enviar um comentário