18/04/2014

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HOJE NO
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Despir a farda para sobreviver. Polícias que trabalham na clandestinidade

Associações dizem que há milhares de agentes da PSP e militares da GNR a trabalhar por fora. E às escondidas, porque a lei não permite
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Trabalham às escondidas. São polícias a tempo inteiro, mas nas horas vagas despem a farda e passam a ser mecânicos, taxistas ou operários da construção civil. A GNR e a PSP não os deixam ter actividades paralelas e, além de se desdobrarem para conciliar horários, têm de garantir que não são apanhados.

Lourenço faz pelo menos duas directas por semana e conduz um táxi pelas ruas de Lisboa à noite. João trabalha numa oficina de carros e os vizinhos chegaram a ser interrogados por um oficial da GNR que andou desconfiado.

Ricardo montou uma firma de pequenas reparações com outro colega da PSP. Os três escondem a identidade com nomes fictícios para poderem contar as suas histórias.

Os sindicatos das duas principais forças de segurança garantem haver mais casos e que o número de polícias com actividades paralelas está a aumentar. Dizem que por culpa dos cortes e dos salários baixos é cada vez mais difícil encontrar polícias a tempo inteiro.

Os regulamentos da GNR e da PSP admitem que um agente ou um militar tenham um part-time, desde que a actividade não seja considerada incompatível com as funções policiais e mediante autorização superior.

Mas boa parte dos polícias vêem os pedidos negados e muitos nem sequer os fazem, por adivinharem que vão ser negados ou simplesmente por vergonha. Acabam a trabalhar na clandestinidade, sem recibos nem descontos e com medo de serem apanhados.

* Os agentes da PSP e GNR viram o dinheiro que levam para casa reduzido em quase 40%, se proíbem estas pessoas de ter um segundo emprego porque os deputados do país não dão o exemplo, ainda ontem PSD, PS e CDS votaram contra o regime de exclusividade dos parlamentares?! 
Afinal o povo tem mais confiança nos agentes.



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