HOJE NO
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Despir a farda para sobreviver. Polícias que trabalham na clandestinidade
Associações
dizem que há milhares de agentes da PSP e militares da GNR a trabalhar
por fora. E às escondidas, porque a lei não permite
.
Trabalham
às escondidas. São polícias a tempo inteiro, mas nas horas vagas despem
a farda e passam a ser mecânicos, taxistas ou operários da construção
civil. A GNR e a PSP não os deixam ter actividades paralelas e, além de
se desdobrarem para conciliar horários, têm de garantir que não são
apanhados.
Lourenço faz pelo menos duas directas por semana e conduz um
táxi pelas ruas de Lisboa à noite. João trabalha numa oficina de carros e
os vizinhos chegaram a ser interrogados por um oficial da GNR que andou
desconfiado.
Ricardo montou uma firma de pequenas reparações com outro
colega da PSP. Os três escondem a identidade com nomes fictícios para
poderem contar as suas histórias.
Os sindicatos das duas principais forças de segurança garantem haver
mais casos e que o número de polícias com actividades paralelas está a
aumentar. Dizem que por culpa dos cortes e dos salários baixos é cada
vez mais difícil encontrar polícias a tempo inteiro.
Os regulamentos da
GNR e da PSP admitem que um agente ou um militar tenham um part-time,
desde que a actividade não seja considerada incompatível com as funções
policiais e mediante autorização superior.
Mas boa parte dos polícias
vêem os pedidos negados e muitos nem sequer os fazem, por adivinharem
que vão ser negados ou simplesmente por vergonha. Acabam a trabalhar na
clandestinidade, sem recibos nem descontos e com medo de serem
apanhados.
* Os agentes da PSP e GNR viram o dinheiro que levam para casa reduzido em quase 40%, se proíbem estas pessoas de ter um segundo emprego porque os deputados do país não dão o exemplo, ainda ontem PSD, PS e CDS votaram contra o regime de exclusividade dos parlamentares?!
Afinal o povo tem mais confiança nos agentes.
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