HOJE NO
"DESTAK"
A solução para evitar cinco milhões
de mortes por ano
Especialista confirma que prática de exercício físico poderia evitar cinco milhões de mortes por ano.
Ou por preguiça, ou por falta de tempo ou apenas porque sim. São muitos os motivos que justificam a falta de exercício físico. Mas é apenas um o motivo que está por detrás de problemas que, todos os anos, resultam na morte de pelo menos cinco milhões de pessoas: a inatividade física.
O tema esteve em destaque na quinta edição do Congresso Internacional de Atividade Física e Saúde Pública que, no Rio de Janeiro, reuniu os maiores especialistas mundiais na matéria. Como I-Min Lee, investigadora da Harvard Medical School, que confirmou, através de dados científicos, o que há muito se apregoa. Segundo vários estudos, entre 6% e 10% dos casos de doenças crónicas e mortais, como a diabetes, cancro ou acidentes vasculares cerebrais, têm a sua origem na falta de exercício.
A estes números junta-se outro, da Organização Mundial de Saúde: pelo menos 31% da população mundial não pratica o mínimo de atividade física para se manter saudável, o mesmo é dizer, não ‘perde’ 30 minutos por dia, cinco dias por semana, para se mexer um pouco.
Com base nos dados existentes, I-Min Lee e os colegas fizeram as contas, publicadas na revista The Lancet e, que confirmam que «se pudéssemos eliminar toda a inatividade física no mundo podíamos evitar cerca de 5,3 milhões de mortes por ano».
E se os governos e as organizações sociais apostassem em políticas de incentivo ao exercício, a esperança de vida em todo o mundo podia aumentar quase mais um ano em termos gerais, com subidas, individualmente falando, de dois a quatro anos dependendo do tipo de atividade praticada.
Mais mortes prematuras
O risco é, então, inversamente proporcional à prática de exercício, aumentando quando este é inexistente.
Morrem mais os que se mexem pouco, e correm também o risco de morrer mais cedo, confirma a especialista. «A inatividade física é tão perigosa como o tabagismo ou a obesidade para gerar doenças não transmissíveis. Ser inativo aumenta o risco de morte prematura em 27%», explicou.
* Convém esclarecer que actividade física não é armar-se em atleta.
Marchar é o melhor que tem a fazer pelo seu coração, deixe-se da moda foleira dos clubes de saúde.
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