15/04/2014

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HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"

Associação Dariacordar quer transformar Lisboa 
“Primeira capital do mundo 
zero desperdício" 

A Dariacordar, que em dois anos recuperou mais de 900 mil refeições que tinham como destino o lixo, quer transformar Lisboa na “primeira capital do mundo zero desperdício”, revelou o presidente da associação. 

Para isso, a Associação Dariacordar, que criou o Movimento Zero Desperdício, vai assinar na quarta-feira um protocolo com a Câmara Municipal de Lisboa e a Fundação Calouste Gulbenkian para alargar o movimento a todas as freguesias da cidade. 


O presidente da associação, António Costa Pereira, adiantou que o movimento já recuperou “mais de 900 mil refeições” em apenas quatro municípios Sintra, Cascais, Loures e Lisboa. O objetivo é estender o movimento “a mais autarquias”, disse António Costa Pereira. “Em Lisboa, começámos com uma freguesia e, neste momento, já vamos em sete e a ideia é alargar este conceito a todas as freguesias da cidade”, explicou, adiantado que o primeiro passo será dado na quarta-feira com a assinatura do protocolo com a autarquia. 

Segundo António Costa Pereira, vai ser a própria câmara a contactar todas as entidades públicas e privadas a juntarem-se ao movimento. “A nossa intenção é tornar Lisboa a primeira capital do mundo zero desperdício”, através de “ações muito concretas”, disse o mentor do movimento, dando como exemplo “uma campanha” dirigida às crianças. 


“Para mudar o mundo, tem de começar-se pelos mais novos. Se eles perceberem o que é o desperdício, daqui a uns anos isto não volta a acontecer e vão envergonhar os mais velhos se não se portarem bem”, comentou. Dois anos após a criação do movimento, o mentor do projeto fez um balanço “francamente positivo” da iniciativa, lançada a 16 de abril de 2012. 

“O movimento está a crescer e, neste momento apoia cerca de 2100 famílias”, que abrangem cerca de 7300 pessoas”, adiantou. O Zero Desperdício é “uma atitude contra o desperdício”, que tem várias vantagens: Sociais, ajuda quem precisa, económicas, ambientais e cívicas. O movimento tem lutado contra o desperdício, através do aproveitamento de milhares de refeições em “perfeitas condições que eram deitadas ao lixo” por restaurantes, empresas e instituições devido a uma má interpretação da lei. “Tornámos legal a recolha de refeições em condições” e “facto de ser legal deu mais conforto a quem quer doar refeições”, comentou. 

O movimento conta já com cerca de 100 “parceiros doadores”, entre os quais a Assembleia da República, o Banco de Portugal, a Caixa Geral de Depósitos, supermercados, hotéis, hospitais, escolas, refeitórios de empresas e eventos. Estas entidades doam as refeições, que nunca foram servidas, nem estiveram em contacto com o público, a cerca de 60 instituições dos quatro municípios, que depois as distribuem pelas famílias que sinalizaram. 

Todas as instituições que trabalham com o movimento recebem formação na área da higiene e segurança alimentar, porque “há regras simples, mas necessárias para que as refeições cheguem em condições”, disse. “Isto são verdadeiras parcerias”, comentou António Costa Pereira que deu um “novo nome” PPP: “Parcerias Pelas Pessoas”. 

* Cooperar com a DARIACORDAR é o que está a dar!


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