HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Leilão com equipamento dos
Estaleiros de Viana ficou deserto
A falta de propostas anulou os leilões. Em termos de preço base, os
guindastes estavam em leilão por mais de 1,7 milhões de euros.
Os leilões das gruas e guindastes dos Estaleiros Navais de Viana do
Castelo (ENVC), por quase dois milhões de euros, previstos para hoje,
não se realizaram por falta de propostas, indicou à agência “Lusa” fonte
da empresa pública.
Estava previsto para hoje a realização de três leilões que se deveriam
ter realizado na empresa, no âmbito do encerramento dos estaleiros e a
subconcessão dos terrenos e infra-estruturas ao grupo privado Martifer,
já em Maio.
No entanto, e de acordo com informação disponibilizada pelos
estaleiros, não foi apresentada qualquer proposta de aquisição dentro
dos prazos, pelo que os leilões não se realizaram. Um dos leilões dizia
respeito a sete guindastes dos estaleiros, com capacidade de carga que
vai das dez às 100 toneladas (t). Só pelos dois mais relevantes e
históricos guindastes da empresa (100t) - visíveis a vários quilómetros
da cidade -, os estaleiros pediam 800 mil euros.
Em termos de preço base, os guindastes estavam em leilão por mais de
1,7 milhões de euros. Igualmente sem propostas ficaram os leilões para a
venda de cinco gruas de várias dimensões e capacidade de carga, com um
preço base global de 143.400 euros, e de quatro plataformas elevatórias,
estas com um preço base total de 53.900 euros.
Dos leilões previstos para hoje, apenas o leilão para a venda de
acessórios de elevação, distribuídos por seis lotes, com propostas
apenas para quatro foi realizado. Estes equipamentos foram vendidos a
duas empresas concorrentes. Para amanha está agendado o leilão de 15
empilhadores (abertura de propostas às 08:30h), avaliados pelos
estaleiros em 177.700 euros, de meios de escavação e carga (10:30h) e
zorras hidráulicas (14:00h).
Nos dias seguintes realizar-se-á ainda a venda de viaturas, material
de cozinha, cavaletes metálicos, equipamentos de metalomecânica e de
equipamentos de navios.
A administração dos ENVC terá de concluir até 30 de Abril a venda de
vário material móvel da empresa – cerca de 20 mil artigos – que ficou
fora do concurso da subconcessão. Esse processo está a ser assegurado
por cerca de 40 trabalhadores dos ENVC que, à semelhança dos restantes
cerca de 550, aceitaram as rescisões amigáveis dos contractos mas
continuam ao serviço, sendo por isso os últimos a saírem da empresa
pública.
* Um voo cego a nada, plagiando Reinaldo Ferreira.
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