HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
União Europeia discute política climática
Portugueses mais preocupados com a pobreza e escassez de alimentos e de água potável do que com questões ambientais.
Os ministros europeus do Ambiente e Energia reúnem-se esta segunda-feira
e amanhã para analisar as propostas de política climática da União
Europeia (UE) até 2030. Os ministros discutem hoje as questões
ambientais e os trabalhos acerca da energia vão realizar-se na
terça-feira.
O novo quadro de política climática e energética da
UE foi apresentado pela Comissão Europeia em janeiro e prevê a
diminuição das emissões de gases com efeito de estufa em 40% até 2030 e o
aumento para 27% da contribuição das energias renováveis no total do
consumo energético. Na área da eficiência energética ainda não foram
fixadas as metas.
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As medidas definidas vão no
sentido de impulsionar a evolução para uma economia com baixo teor de
carbono e um sistema que garanta energia a um preço acessível para todos
os consumidores, aumente a segurança do aprovisionamento energético da
UE, reduza a dependência das importações de energia e crie novas
oportunidades de crescimento e emprego.
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Para
Portugal, um dos temas mais relevantes é a concretização de
interligações da sua rede elétrica com o resto da Europa, para
possibilitar a exportação de energia elétrica de origem renovável, uma
área em que o país tem obtido resultados comprovados.
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Ambiente
e energia voltam a ser discutidos a 20 de março no Conselho Europeu dos
primeiros-ministros e chefes de Estado. As decisões avançadas nessa
reunião serão importantes para a definição da política da UE na
cimeira das Nações Unidas, prevista para 23 de setembro, em Nova Iorque,
sobre temas ambientais e energéticos.
PORTUGUESES MAIS PREOCUPADOS COM POBREZA
A
maioria dos portugueses (49%) considera que a pobreza e a falta de
alimentos e água potável é o principal problema mundial. Apenas 6% dos
portugueses inquiridos elegem as alterações climáticas como preocupação,
segundo um Eurobarómetro hoje divulgado.
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A sondagem
especial Eurobarómetro sobre as alterações climáticas mostra que a
maioria dos inquiridos em 19 Estados-membros destacou a pobreza e a
escassez de alimentos e de água potável como a principal preocupação
mundial, com Portugal no topo da tabela, com 49%, sendo a média europeia
de 35%.
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Apenas 6% dos inquiridos em Portugal
escolheram as alterações climáticas, entre as várias opções possíveis,
como preocupação global -- o valor mais baixo da tabela - sendo a média
da UE de 16%.
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Ainda de acordo com o inquérito, 80%
dos inquiridos na UE reconhecem que a luta contra as alterações
climáticas e a utilização mais eficaz da energia podem impulsionar a
economia e o emprego. Portugal está acima da média europeia (88%), a par
da Grécia e da Espanha, numa tabela liderada pela Suécia (95%), e acima
da Dinamarca (86%) e do Luxemburgo (85%).
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"Não há
que escolher entre boa governação económica e proteção do clima: a luta
contra as alterações climáticas numa perspetiva de rentabilidade é uma
boa política económica", disse o presidente da Comissão Europeia, José
Manuel Durão Barroso. "Esta sondagem envia um sinal forte aos dirigentes
da UE para que se empenhem em ações a favor do clima, com vista a uma
recuperação económica sustentável", adiantou.
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Em Portugal, as 1.055 entrevistas foram feitas entre 23 de novembro de 02 de dezembro de 2013.
* Os portugueses têm razão, para proteger o clima é preciso acabar com a fome.
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