HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"
Presidente da Câmara de Caminha
e o contínuo avanço do mar
“Estamos a viver
uma situação inacreditável”
O autarca de Caminha diz que o concelho está a viver uma situação "inacreditável" de contínuo avanço do mar, depois de a agitação marítima ter destruído ontem parte do paredão de Moledo, colocando ainda em risco um bar.
"Estamos a viver uma situação inacreditável de meses muito difíceis para todos. Estamos todos boquiabertos com o que se está a passar", afirmou o presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves.
A forte ondulação que se está a fazer sentir junto à costa de Moledo derrubou ontem mais de 50 metros do muro do paredão de proteção daquela praia.
Uma vaga com vários metros atingiu o paredão cerca das 15h30, derrubando o muro de proteção, com várias pedras de mais de 200 quilos a serem literalmente arrancadas, obrigando populares que ali se encontravam a fugirem do local. "Isto acontece pela segunda vez no espaço de um mês, derrubando novamente uma estrutura com mais de 60 anos, com a água a chegar ao parque de estacionamento e aos bares.
Nunca se viu uma coisa destas, estamos todos muito emocionados com esta situação", desabafou o autarca Miguel Alves.
Para a tarde de hoje previstas vagas de mais de sete metros para a zona de Moledo, tendo a Polícia Marítima vedado aquela zona, face à presença de dezenas de curiosos, muitos dos quais foram atingidos pelas várias vagas que chegam a terra.
Na mesma zona, o avanço do mar continua a ameaçar um bar de praia, com o proprietário a admitir que possa ruir durante a próxima preia-mar, prevista para as 05h00 da madrugada. "O mar levou a areia toda que estava à volta e não temos mais para colocar nos alicerces. Temo bem que durante a próxima maré leve tudo", relatou o concessionário Júlio Barbosa.
Ainda em Caminha, a duna dos Caldeirões, na freguesia de Vila Praia de Âncora - parcialmente destruída pelo mar em fevereiro -, voltou a sofrer com as marés das últimas horas. A abertura na duna já chega a cerca de 200 metros de cordão, reforçando a nova foz que o rio Âncora ali encontrou.
Além da presença de elementos da proteção civil municipal, os pontos críticos do litoral de Caminha estão a ser vigiados por militares da GNR e agentes da Polícia Marítima, tendo em conta a presença de centenas de curiosos nestes locais.
* Preocupante
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