03/03/2014

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HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"

Presidente da Câmara de Caminha 
e o contínuo avanço do mar 
“Estamos a viver 
uma situação inacreditável” 

O autarca de Caminha diz que o concelho está a viver uma situação "inacreditável" de contínuo avanço do mar, depois de a agitação marítima ter destruído ontem parte do paredão de Moledo, colocando ainda em risco um bar. 

 "Estamos a viver uma situação inacreditável de meses muito difíceis para todos. Estamos todos boquiabertos com o que se está a passar", afirmou o presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves. A forte ondulação que se está a fazer sentir junto à costa de Moledo derrubou ontem mais de 50 metros do muro do paredão de proteção daquela praia. 


Uma vaga com vários metros atingiu o paredão cerca das 15h30, derrubando o muro de proteção, com várias pedras de mais de 200 quilos a serem literalmente arrancadas, obrigando populares que ali se encontravam a fugirem do local. "Isto acontece pela segunda vez no espaço de um mês, derrubando novamente uma estrutura com mais de 60 anos, com a água a chegar ao parque de estacionamento e aos bares. 

Nunca se viu uma coisa destas, estamos todos muito emocionados com esta situação", desabafou o autarca Miguel Alves. Para a tarde de hoje previstas vagas de mais de sete metros para a zona de Moledo, tendo a Polícia Marítima vedado aquela zona, face à presença de dezenas de curiosos, muitos dos quais foram atingidos pelas várias vagas que chegam a terra. 

Na mesma zona, o avanço do mar continua a ameaçar um bar de praia, com o proprietário a admitir que possa ruir durante a próxima preia-mar, prevista para as 05h00 da madrugada. "O mar levou a areia toda que estava à volta e não temos mais para colocar nos alicerces. Temo bem que durante a próxima maré leve tudo", relatou o concessionário Júlio Barbosa. 

Ainda em Caminha, a duna dos Caldeirões, na freguesia de Vila Praia de Âncora - parcialmente destruída pelo mar em fevereiro -, voltou a sofrer com as marés das últimas horas. A abertura na duna já chega a cerca de 200 metros de cordão, reforçando a nova foz que o rio Âncora ali encontrou. 

Além da presença de elementos da proteção civil municipal, os pontos críticos do litoral de Caminha estão a ser vigiados por militares da GNR e agentes da Polícia Marítima, tendo em conta a presença de centenas de curiosos nestes locais. 

* Preocupante

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