02/03/2014

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HOJE N0
" DINHEIRO VIVO"

Noruega compra CTT e 
aposta na dívida pública

Portugal voltou a estar no radar do maior fundo soberano do mundo. Além de ter reforçado a sua presença em várias empresas cotadas portuguesas, o fundo soberano da Noruega, gerido pelo Norges Bank, entrou no capital dos recém-cotados CTT e voltou a apostar na dívida pública portuguesa.

De acordo com os resultados de 2013 divulgados ontem, e comparando com os dados do ano anterior, o megafundo reforçou a sua presença em 10 empresas cotadas portuguesas, reduziu a sua presença em igual número de empresas, manteve a mesma percentagem de capital na Martifer e deixou de constar da estrutura acionista da Brisa. A novidade está na entrada dos CTT, Impresa e da Novabase na carteira de investimentos.

Deste modo, o portfólio do fundo passou a contar com 24 empresas portuguesas no final do ano passado, mais duas que há um ano Contas feitas, as participações ascendiam a cerca de 800 milhões de euros no final de 2013. Um valor de mercado que, com a recuperação da Bolsa e a boa performance das ações das cotadas portuguesas, ficou acima dos 704 milhões que valiam as participações no ano anterior.

Entre os reforços do fundo soberano da Noruega estão cotadas como o BPI, Galp Energia, Mota-Engil, Portugal Telecom - que em outubro passado anunciou a sua fusão com a Oi - e a REN, na qual foi feito o maior investimento: o Norges aumentou a sua participação em quase 1%. Em sentido inverso, o fundo de pensões desinvestiu em empresas como a Zon - que concluiu a sua fusão com a Optimus no ano passado -, Sonae, Jerónimo Martins ou a ‘família’ EDP. O sector financeiro também deixou de contar com o apoio da Noruega, que reduziu a sua presença no capital de BES, BCP e Banif.

O maior fundo soberano do mundo não quis deixar de participar na privatização mais recente e, tal como fez o Financial Times, também atribuiu o “selo de aprovação” aos CTT, passando a deter uma participação de 0,3% avaliada em quase 2,3 milhões de euros no final do ano passado. Além da empresa liderada por Francisco Lacerda, o megafundo entrou no capital da Impresa e da Novabase, embora, nestes dois casos, de uma forma mais tímida.

Outra das grandes novidades foi o regresso da aposta em dívida pública portuguesa. Depois de, em 2012, ter anulado a sua exposição a Portugal e se ter desfeito de todos os títulos de dívida, o fundo soberano da Noruega fechou 2013 com uma exposição de 52,4 milhões de euros à dívida pública nacional.

* Financeiramente uma boa notícia.


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