HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Combate a incêndios reforçado com
mais 250 bombeiros e quatro aviões
O dispositivo de
combate a incêndios florestais vai ser reforçado este ano com mais 250
bombeiros e quatro meios aéreos em relação ao ano passado e terá um
custo de 85 milhões de euros.
Em conferência de imprensa de
apresentação do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais
(DECIF), o comandante operacional nacional, José Manuel Moura, adiantou
que este ano vai também ser reforçada a utilização de máquinas de rasto e
utilizar-se "preferencialmente" autocarros para fazer o transportar dos
bombeiros que vão ser rendidos durante os fogos.
A época mais
crítica em incêndios florestais, que vai decorrer entre 1 de julho e 30
de setembro, vai este ano contar com 2.220 equipas das diferentes forças
envolvidas, 9.697 elementos, 2.027 veículos e 49 meios aéreos, segundo o
DECIF apresentado por José Manuel Moura.
Também presente na
conferência de imprensa, o ministro da Administração Interna, Miguel
Macedo, afirmou que o dispositivo de combate a incêndios florestais vai
custar cerca de 85 milhões de euros, enquanto no ano passado
inicialmente foi avançada uma verba de 78,5 milhões de euros, montante
que foi reforçado com mais 14 milhões de euros devido aos incêndios,
tendo sido gasto, por exemplo, nas viaturas dos bombeiros que arderam.
O ministro justificou os 85 milhões de euros com um reforço dos meios aéreos e das equipas terrestres.
Miguel
Macedo considerou que este ano houve um reforço inicial da verba para o
dispositivo em comparação com 2013, sublinhando que se for necessário o
montante será aumentado.
Este ano, os bombeiros vão ser
reforçados com rádios SIRESP (Sistema Integrado de Redes de Emergência e
Segurança de Portugal), pretendendo a Autoridade Nacional de Proteção
Civil entregar os 2.600 rádios até ao final de abril.
O ministro
avançou também que os bombeiros vão continuar a ter ações de formação e
treino até ao início da época de incêndios, esperando também que parte
dos equipamentos de proteção individual, já anunciados, cheguem às
corporações no início da época crítica de incêndios.
O comandante
operacional nacional destacou que o principal objetivo durante a época
de fogos é a "segurança" dos elementos envolvidos no combate e só,
depois, a área ardida.
"A grande preocupação é a segurança das forças", disse, sublinhando que esta é uma atividade que não deixará de ser de risco.
Em
2013, os incêndios florestais provocaram nove mortos, oito bombeiros e
um autarca, e consumiram mais de 145 mil hectares, a maior área ardida
dos últimos oito anos.
* Desejamos que os responsáveis do MAI e da Agricultura, sejam menos displicentes que em 2013.
Leia com atenção a síntese do 9º relatório provisório de incêndios do INCF.
- 9º Relatório PROVISÓRIO de incêndios florestais - 1 de janeiro a 15 de outubro de 2013
A base de dados nacional de incêndios florestais regista, no período compreendido entre 1 dejaneiro e 15 de outubro de 2013, um total de 18.869 ocorrências (3.552 incêndios florestais e15.317 fogachos) que resultaram em 52.184 hectares de povoamentos e 88.760 hectares de matosardidos, perfazendo uma área ardida de 140.944 hectares. Comparando os valores do ano correntecom o histórico dos últimos dez anos, destaca-se que se registaram menos 13% de ocorrênciasrelativamente à média verificada no decénio e que ardeu mais 0,7% do que o valor médio de áreaardida no mesmo período (quadro 1), sendo de salientar que a área ardida de povoamentosflorestais é inferior em cerca de 30% à média da área ardida nesse mesmo período. Até à dataregistaram-se 1.445 reacendimentos, mais 2% do que a média de reacendimentos do decénioanterior..
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