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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Governo faz
"publicidade encapotada" à Audi
O bastonário da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas (OTOC) criticou
hoje a "publicidade encapotada" do Governo à Audi, marca escolhida para
prémio da Fatura da Sorte, e defendeu prémios em dinheiro ou abatimento
nos impostos.
"O
Governo devia ter tido a preocupação de não a fazer [publicidade]
apenas a uma das marcas", disse à Lusa Domingos Azevedo, à margem de um
encontro em Lisboa sobre as 'Relações - Fisco Contribuintes'.
A opção por uma solução financeira - como o direito do premiado deduzir no seu IRS o valor do prémio ou não pagar alguns impostos e ser devolvido o IRS descontado pela entidade patronal - seria mais vantajosa, segundo o bastonário.
"Assim, não estaria a beneficiar uma marca, o que acaba por criar problemas a outras marcas da mesma gama de automóveis que se sentirão desniveladas no tratamento concedido", frisou.
Segundo o Jornal de Negócios, os Audi A4 e A6 vão ser os modelos de carro que os contribuintes se habilitam a ganhar no sorteio da Fatura da Sorte, que começa em Abril.
Domingos Azevedo alerta que a escolha de uma marca pode levantar problemas "de transparência" do processo e surgimento de oportunidades: "Para uma empresa que esteja a ser falada todas as semanas na televisão, o custo do carro pode ser muito diminuído porque há aqui uma publicidade direta e indireta que beneficia muito a marca escolhida".
O bastonário lembrou que as famílias estão a viver tempos de dificuldades económicas e que poderão ganhar um carro, no sorteio, sem meios para o sustentar.
"Não estou contra o princípio, porque concordo com o incentivo [ao registo de faturas no portal das finanças]. A forma é que está desajustada, é como andar a fazer rifas", defendeu, criticando a "visão folclórica" do sorteio que, na sua opinião, "não dignifica" o ato tributário.
* O governo só fez mais um pequeno favor a um gigante da indústria automóvel, inconseguimentos desfavoráveis sómente para o povo.
ESTES PUBLICITÁRIOS |
A opção por uma solução financeira - como o direito do premiado deduzir no seu IRS o valor do prémio ou não pagar alguns impostos e ser devolvido o IRS descontado pela entidade patronal - seria mais vantajosa, segundo o bastonário.
"Assim, não estaria a beneficiar uma marca, o que acaba por criar problemas a outras marcas da mesma gama de automóveis que se sentirão desniveladas no tratamento concedido", frisou.
Segundo o Jornal de Negócios, os Audi A4 e A6 vão ser os modelos de carro que os contribuintes se habilitam a ganhar no sorteio da Fatura da Sorte, que começa em Abril.
Domingos Azevedo alerta que a escolha de uma marca pode levantar problemas "de transparência" do processo e surgimento de oportunidades: "Para uma empresa que esteja a ser falada todas as semanas na televisão, o custo do carro pode ser muito diminuído porque há aqui uma publicidade direta e indireta que beneficia muito a marca escolhida".
O bastonário lembrou que as famílias estão a viver tempos de dificuldades económicas e que poderão ganhar um carro, no sorteio, sem meios para o sustentar.
"Não estou contra o princípio, porque concordo com o incentivo [ao registo de faturas no portal das finanças]. A forma é que está desajustada, é como andar a fazer rifas", defendeu, criticando a "visão folclórica" do sorteio que, na sua opinião, "não dignifica" o ato tributário.
* O governo só fez mais um pequeno favor a um gigante da indústria automóvel, inconseguimentos desfavoráveis sómente para o povo.
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