Então não é….
Em Espanha o genro do rei está a contas com a justiça. Olha a sorte
de viver em república. E num país honrado e milenar, como canta Quim
Barreiros, isto não era possível.
Dei por mim a voltar aos calhamaços para ler o que lá está escrito
sobre tráfico de influências. Nem sei para que é que aquilo lá está.
Ponto final. Ainda falta vender a TAP e as Águas. Quem serão os
facilitadores desta fez?
Então não é que agora estamos no melhor dos mundos? Os juros descem
para metade, a economia arranca, o combate (e bem) à evasão fiscal deu
milhões e vamos ficar abaixo dos 5 por cento no défice. Se a Europa
ordenou a austeridade, agora, com as eleições, quer o regresso à
normalidade. Os mercados já esmifraram tudo e entraram em velocidade de
cruzeiro.
Logo, só por dolo ou sadismo com os seus cidadãos se insiste numa
dose reforçada de assalto à carteira dos contribuintes, dos reformados e
pensionistas e dos funcionários. Se os juros voltaram a 2010, que tal
acontecer o mesmo com os rendimentos da população? Estão à espera das
eleições de 2015 para distribuir umas migalhas: 15 euros no salário
mínimo e uns cêntimos no IRS. Os mesmos, sempre os mesmos, ficam com a
ração reforçada.
A transitoriedade nos cortes, invocada pelo governo começa a perder
sentido. Por isso, tolerância ZERO nas inconstitucionalidades. E há.
Por isso voltei ao estrangeiro, França, para acompanhar a telenovela
mexicana. O presidente Holande, como político, desiludiu os socialistas
europeus. O SPD alemão também.
É azar…
Jornalista/advogada
IN "i"
18/01/14
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