HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Comissão para a Igualdade dá
razão a professoras grávidas
A Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego deu razão às
queixas de professoras em licença de maternidade ou final de gravidez
obrigadas a fazer a prova de acesso à carreira, sob pena de exclusão do
concurso.
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"Toda
a exclusão ou restrição de acesso de um/a candidato a emprego ou
trabalhador/a por motivo do exercício de direitos relativos à especial
proteção da gravidez, maternidade, paternidade, adoção e outras
situações respeitantes à conciliação da atividade profissional com a
vida familiar, constitui uma discriminação", lê-se no parecer da CITE.
Em causa está a Prova de Avaliação de Capacidades e Conhecimentos
(PACC), realizada há um mês, e imposta pelo Ministério da Educação como
condição necessária à contratação de professores com menos de cinco anos
de serviço.
Várias professoras em final de gravidez e licença de
maternidade, em período de amamentação, queixaram-se na altura de lhes
ter sido negada a dispensa da prova ou a possibilidade de a realizarem
posteriormente.
No dia da prova, foram vários os casos de
professoras que surgiram com bebés de poucos meses nas escolas, porque
caso não realizassem o exame ficariam impedidas de concorrer a
contratação.
A Federação Nacional dos Professores (FENPROF)
dirigiu então uma queixa à Comissão para a Igualdade no Trabalho e no
Emprego, que decidiu aprovar, por unanimidade, um parecer a remeter ao
Ministério da Educação.
A CITE deliberou não ser necessário
recomendar ao Governo a adoção de legislação que promova a igualdade e a
não discriminação entre homens e mulheres porque esta já existe.
"A CITE confirmou, por unanimidade, a leitura feita pela FENPROF", afirma em comunicado a estrutura sindical.
A
prova está atualmente suspensa por decisão judicial, mas o processo não
está encerrado porque o Ministério da Educação recorreu das decisões
favoráveis à FENPROF.
* Temos um ministro da Educação verdadeiramente "demo crato".
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