27/01/2014

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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Trabalhadores da Mota-Engil em Cabo Verde reclamam salários em atraso

Mais de 40 trabalhadores de Santo Antão, Cabo Verde, da empresa portuguesa Mota-Engil estão a reclamar seis meses de salários em atraso.

Esse facto foi reconhecido à Lusa pela subempreiteira Luís Frazão, que responsabiliza o Ministério do Desenvolvimento Rural cabo-verdiano.


A notícia é avançada hoje na edição "online" do jornal cabo-verdiano "A Semana", que adianta que os factos remontam a Maio de 2013, quando a empresa de construção portuguesa deixou de pagar aos funcionários que construíam o sistema de bombagem e a construção dos depósitos de água destinados à agricultura de regadio na zona de Fajã de Maurícias, em Santo Antão.

Segundo o presidente da Associação da Boca de Ambas Ribeira (ADIBA), João Virgílio Fortes, o problema agrava-se com a falta de previsão da empreiteira para pagar os ordenados dos trabalhadores.

Virgílio Fortes indicou que a Mota-Engil subcontratou à empresa Luís Frazão a execução da obra, salientando que desde Maio de 2013 que as mais de quatro dezenas de trabalhadores não recebem qualquer salário.

"Limitam-se a dizer que também estão à espera que o Governo lhes transfira o dinheiro. Fomos até à Delegação do Ministério do Desenvolvimento Rural (MDR) e disseram-nos que nada têm a ver com o caso", acrescentou Virgílio Fortes.

Vitalino Santos Fortes, um dos trabalhadores da obra, indicou estar "revoltado" com a situação, ameaçando que, se a situação perdurar, o sistema de bombagem será destruído pelos próprios funcionários que o construíram.

Contactado pelo jornal "A Semana", José Azevedo, representante da Luís Frazão, confirmou o atraso de seis meses no pagamento dos salários, mas indicou que a origem do problema está no MDR, que depende do Tesouro cabo-verdiano.

"Se eles não pagam, não temos como pagar também. Foram feitos alguns trabalhos que não estavam contemplados no projecto. Mas estamos a fazer o possível para adiantar algum dinheiro a esses trabalhadores", afirmou estre responsável à Lusa.

Por sua vez, o responsável do MDR na Ribeira Grande, Osvaldo Maurício, disse que o Ministério não tem qualquer contrato com os operários.
"A empresa (Mota-Engil) tem contrato com o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD). Não temos nenhuma solução para estes trabalhadores", afirmou Osvaldo Maurício.
Nenhuma das partes adiantou o montante em causa.

A construtora portuguesa está presente no arquipélago através da Mota-Engil Engenharia Cabo Verde (MEEC), criada a 15 de Junho de 2007, nos sectores das obras públicas e construção civil.

* Mas o que é que interessa ao governo de Cabo Verde ou à Mota-Engil  que existam 40 trabalhadores a passar dificuldades, até podiam ser 400...


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