HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Trabalhadores da Mota-Engil em Cabo Verde reclamam salários em atraso
Mais de 40 trabalhadores de Santo Antão, Cabo Verde, da empresa
portuguesa Mota-Engil estão a reclamar seis meses de salários em atraso.
Esse facto foi reconhecido à Lusa pela subempreiteira Luís Frazão,
que responsabiliza o Ministério do Desenvolvimento Rural cabo-verdiano.
A notícia é avançada hoje na edição "online" do jornal cabo-verdiano
"A Semana", que adianta que os factos remontam a Maio de 2013, quando a
empresa de construção portuguesa deixou de pagar aos funcionários que
construíam o sistema de bombagem e a construção dos depósitos de água
destinados à agricultura de regadio na zona de Fajã de Maurícias, em
Santo Antão.
Segundo o presidente da Associação da Boca de Ambas Ribeira (ADIBA),
João Virgílio Fortes, o problema agrava-se com a falta de previsão da
empreiteira para pagar os ordenados dos trabalhadores.
Virgílio Fortes indicou que a Mota-Engil subcontratou à empresa Luís
Frazão a execução da obra, salientando que desde Maio de 2013 que as
mais de quatro dezenas de trabalhadores não recebem qualquer salário.
"Limitam-se a dizer que também estão à espera que o Governo lhes
transfira o dinheiro. Fomos até à Delegação do Ministério do
Desenvolvimento Rural (MDR) e disseram-nos que nada têm a ver com o
caso", acrescentou Virgílio Fortes.
Vitalino Santos Fortes, um dos trabalhadores da obra, indicou estar
"revoltado" com a situação, ameaçando que, se a situação perdurar, o
sistema de bombagem será destruído pelos próprios funcionários que o
construíram.
Contactado pelo jornal "A Semana", José Azevedo, representante da
Luís Frazão, confirmou o atraso de seis meses no pagamento dos salários,
mas indicou que a origem do problema está no MDR, que depende do
Tesouro cabo-verdiano.
"Se eles não pagam, não temos como pagar também. Foram feitos alguns
trabalhos que não estavam contemplados no projecto. Mas estamos a fazer o
possível para adiantar algum dinheiro a esses trabalhadores", afirmou
estre responsável à Lusa.
Por sua vez, o responsável do MDR na Ribeira Grande, Osvaldo
Maurício, disse que o Ministério não tem qualquer contrato com
os operários.
"A empresa (Mota-Engil) tem contrato com o Banco Africano de
Desenvolvimento (BAD). Não temos nenhuma solução para estes
trabalhadores", afirmou Osvaldo Maurício.
Nenhuma das partes adiantou o montante em causa.
A construtora portuguesa está presente no arquipélago através da
Mota-Engil Engenharia Cabo Verde (MEEC), criada a 15 de Junho de 2007,
nos sectores das obras públicas e construção civil.
* Mas o que é que interessa ao governo de Cabo Verde ou à Mota-Engil que existam 40 trabalhadores a passar dificuldades, até podiam ser 400...
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