O QUE NÓS
APRENDEMOS!
Dívida portuguesa
foi das mais rentáveis
A rentabilidade anual das obrigações do Tesouro ficou em 4º lugar no
índice da Bloomberg para 2013, depois da Grécia, Irlanda e Espanha.
As obrigações do Tesouro (OT) deram em 2013 aos
investidores em dívida soberana uma rentabilidade anual de 9,62%,
segundo o Bloomberg Global Benchmark Sovereign Bond Index. Em 34 dívidas
soberanas analisadas à escala mundial, a rentabilidade das OT situou-se
em 4º lugar, depois das obrigações gregas, irlandesas e espanholas.
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Apesar de classificadas pelas agências de rating
como dívida altamente especulativa, as obrigações gregas
(reestruturadas em 2012) tiveram uma rentabilidade de 47,72%, a mais
elevada naquele índice da Bloomberg. Seguiram-se Irlanda com 12,21%,
Espanha com 11,41%, Portugal com 9,62% e Itália com 7,63%.
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Os piores retornos registaram-se com as obrigações
britânicas e suíças, com rentabilidades negativas superiores a 4%. Os
títulos do Tesouro norte-americano tiveram uma rentabilidade negativa de
3,37% e os Bunds (obrigações alemãs) de 2,05%.
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O longo braço do BCE
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O longo braço do BCE
O interesse de muitos investidores internacionais -
para além dos domésticos, suscetíveis de serem cativos através de
políticas de "repressão financeira" - em transacionar dívida soberana
dos periféricos da zona euro, apesar do seu rating especulativo
ou próximo em alguns casos, ou no grau médio inferior das notações de
crédito, deriva da célebre frase de Mario Draghi, o presidente do Banco
Central Europeu, no verão de 2012: "O BCE está pronto a fazer tudo o que
for preciso para preservar o euro. E acreditem em mim, será suficiente"
(26 de julho de 2012, discurso em Londres).
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Draghi, em 2013, apesar das críticas do Bundesbank
contra o "dinheiro barato", prosseguiu com a política monetária
convencional de cortes nas taxas diretoras (uma em maio e outra em
novembro, fixando em novo mínimo histórico de 0,25%) e afirmou em julho
uma "orientação futura" de política "acomodativa" por um "período
prolongado".
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Riscos para 2014
Entre os riscos para o primeiro semestre deste ano
com previsível impacto na dívida soberana, os analistas sublinham dois: o
efeito nos EUA e global do tapering (redução) dos estímulos
monetários mensais pela Reserva Federal norte-americana já sob a
presidência de Janet Yellen e os resultados das eleições para o
Parlamento Europeu em maio, no caso de poderem gerar crises políticas
nomeadamente em alguns países periféricos da zona euro. Os analistas
destacam dois casos mais sensíveis: Grécia e Itália.
No caso de datas domésticas mais próximas, em
janeiro deverá iniciar-se no âmbito do Eurogrupo a discussão da
modalidade de saída de Portugal do plano de resgate que terminará em 17
de maio; e em fevereiro está previsto fechar formalmente a 10ª avaliação
pela troika do programa de ajustamento e iniciar-se a 11ª, a
penúltima. O IGCP, a agência de gestão da dívida portuguesa, deverá até à
saída do plano de resgate proceder a emissões de divida obrigacionista
sindicada que complementem o financiamento por via das tranches da troika,
a "almofada financeira" de que dispõe atualmente (8 mil milhões de
euros) e as subscrições dos novos tipo de Certificados de Tesouro.
IN "EXPRESSO"
01/01/14
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