HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"
Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária
revela dados preocupantes
Catorze atropelamentos
por dia em Portugal
Nos últimos três anos registaram-se 14 atropelamentos por dia em Portugal, que mataram 553 pessoas, representando 22 por cento do total de óbitos nas estradas, divulgou hoje a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).
Os dados foram divulgados durante a apresentação do Guia do Peão, documento que ensina as regras, normas e comportamentos que os peões devem cumprir e adotar para garantir uma circulação mais segura.
Na apresentação do guião, o presidente da ANSR, Jorge Jacob, adiantou que se registaram 15 828 atropelamentos entre 2010 e 2012, que provocaram 553 mortos, 1287 feridos graves e 17 035 feridos ligeiros.
Os mortos por atropelamento representam 22 por cento do total dos óbitos dos acidentes rodoviários, afirmou, sublinhando que a maioria das vítimas mortais tem mais de 65 anos.
Segundo os dados da ANSR, 48 por cento das pessoas feridas em atropelamentos morre no hospital passado 30 dias e a maioria deste tipo de acidente acontece na faixa de rodagem e na passagem de passadeiras sinalizadas.
Jorge Jacob justificou a necessidade do guião com os dados preocupantes sobre o número de atropelamentos diários, sublinhando que este documento é sobretudo dirigido a crianças, jovens e idosos.
Desenvolvido pela ANSR, o guia é um manual de boas práticas de circulação na via pública visando a adoção de comportamentos seguros por parte dos peões
Também o secretário de Estado da Administração Interna, Filipe Lobo D´Ávila, esteve presente na apresentação do documento, sublinhou que o caso dos atropelamentos é “muito preocupante” e “os números chamam a atenção”.
“Quando verificamos que há 14 atropelamentos por dia em Portugal, percebemos que temos que dar a atenção a esta matéria, aos comportamentos que os peões adotam nas estradas e aos comportamentos dos condutores em relação aos peões”, disse o secretário de Estado.
Filipe Lobo D´Ávila considerou que o Guia do Peão “é um passo importante em termos de sensibilização”, tendo em conta que é necessário saber quais “os perigos e riscos” que correm.
O secretário de Estado adiantou que este instrumento vai ser distribuído, numa primeira fase, pelas forças de segurança através dos programas escola segura e policiamento junto das pessoas mais idosas.
O governante disse ainda que a sinistralidade rodoviária “é uma luta que tem de ser travada todos os dias”, apesar dos bons resultados alcançados no país nos últimos dez anos, nomeadamente a diminuição em cerca de 10 por cento do número de vítimas mortais.
* Potencialmente assassinos!
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