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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Equipa portuguesa nas Filipinas com
. quase meio milhar de consultas
A primeira equipa portuguesa de serviços médicos voluntários que se
deslocou às Filipinas depois do tufão Haiyan, de 8 de novembro, realizou
no local 483 consultas em 15 dias, nas áreas de planeamento familiar e
saúde infantil. No terreno já está uma segunda equipa e já estão
aprovados dois projetos a seis meses para a região.
O grupo pertence à Organização
Não-Governamental Saúde em Português, sedeada em Coimbra, e foi
composto, na primeira missão, pelo médico Ricardo Marquez, o enfermeiro
Nuno Monteiro e a socióloga Ana Rita Brito.
"Foi uma situação
muito complicada, porque é uma região muito dispersa. Tínhamos de
improvisar as infra-estruturas debaixo de mais de 30 graus", lembra
Ricardo Marquez. O médico estima que se tenham feito 60 a 70 consultas
diárias, nos 15 dias da missão. "Cada um tinha um litro de água por dia
para tudo e as comunicações eram quase impossíveis", prossegue Ana Rita
Brito.
Nuno Monteiro destaca a presença em sítios onde a
destruição era de 100% e os problemas num clima adverso e numa situação
emocionalmente austera. "Há coisas que nunca se esquecem no plano
emocional", afirma.
Projetos aprovados a seis meses
Para
o enfermeiro da primeira missão, ainda muito há a fazer nas Filipinas.
"Foi uma missão de trabalho bem feito, não uma missão cumprida",
defende.
A Saúde em Português tem já uma segunda equipa no
terreno, que voltará a Portugal entre janeiro e março de 2014. Em marcha
estão já dois projetos, ambos financiados pelas Nações Unidas, num
total de cerca de 1,6 milhões de euros. Um na área da saúde sexual e
reprodutiva e outro na área da violência de género.
"Fomos
considerados pelas Nações Unidas como especialistas nestas áreas. Da
parte do Estado português não temos qualquer tipo de apoio", lamenta o
presidente da Saúde em Português, Hernâni Caniço.
* Existem muito bons portugueses, mas não pertencem ao governo.
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