HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Igreja quer fim do casamento gay
Papa quer saber quantas são as uniões
homossexuais e os bispos vão responder. Mas sublinham que só aprovam
casamento entre homem e mulher
O inquérito pedido pelo papa para o sínodo dos bispos aponta para a
inclusão de todos, incluindo os divorciados e os homossexuais casados.
Os bispos portugueses dizem que estão de acordo, mas lembram que a
Igreja só aceita o casamento entre um homem e uma mulher.
"O
cristianismo que professamos vê na complementaridade homem-mulher a base
imprescindível do que a humanidade há de ser, como alteridade em
comunhão", disse, na abertura da Assembleia Plenária da Conferência
Episcopal Portuguesa, ontem, em Fátima, D. Manuel Clemente.
O patriarca de Lisboa diz que a Igreja Católica contribuirá para o
debate em curso sobre a matéria, mas manifesta-se convicto de que, mais
ano menos ano, a lei excluirá outro tipo de casamento que não o que une
um homem a uma mulher.
"Tratando-se da verdade, enquanto
adequação racional à realidade, cremos que ela (opinião da Igreja) fará o
seu curso nas consciências e nas atitudes dos nossos concidadãos, quer
nos costumes quer na própria legislação, mais ou menos cedo, mas
certamente", afirmou o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.
O
padre Manuel Morujão, porta-voz dos bispos, esclarece que "as novas
realidades exigem novas respostas por parte da Igreja", mas sublinha que
"há questões de princípio que não se compadecem com os gostos ou as
opiniões de parte da sociedade".
"A Igreja não fecha a porta a
ninguém, e tem presente que aqueles que vivem à margem das normas
cristãs são, certamente, quem mais precisa da boa-nova de Cristo, mas os
princípios não podem andar ao sabor das marés", acrescentou o padre
Morujão.
O inquérito, de 38 perguntas, que o papa Francisco
enviou a todos os bispos do Mundo, vai estar em cima da mesa dos bispos,
que pretendem enviar as respostas para Roma até meados do próximo mês
de janeiro.
* Segrega as mulheres restringindo o acesso na hierarquia, segrega homossexuais mas encobre padres pedófilos, ainda não será com este papa que a igreja católica perde a sua vertente xenófoba.
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