HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Parvalorem considera normal
que gestores do BPN nacionalizado
se vitimizem
O presidente da Parvalorem, Francisco Nogueira
Leite, em reacção ao comunicado de hoje dos antigos gestores do BPN
nacionalizado, que acusam a entidade de os estar a atacar, considerou
normal que haja uma vitimização nestas ocasiões.
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"É habitual a vitimização neste tipo de
situações", afirmou à agência Lusa Francisco Nogueira Leite,
escusando-se a tecer mais comentários sobre o teor do comunicado hoje
divulgado pela equipa de gestão do Banco Português de Negócios (BPN).
"Respeito profundamente o segredo de justiça", acrescentou apenas o
presidente da Parvalorem.
A equipa de administração do BPN nacionalizado criticou os ataques
que diz estar a ser alvo por parte da Parvalorem, solicitando ao
Ministério Público para que não se deixe instrumentalizar.
"A administração nomeada pelo Estado/CGD [Caixa Geral de Depósitos]
para assegurar a gestão do ex-BPN [Banco Português de Negócios] aquando
da sua nacionalização está estupefacta com os recorrentes ataques e
insinuações de que tem vindo a ser alvo", lê-se num comunicado enviado à
agência Lusa.
Na sua edição de hoje, o Diário de Notícias noticia que o Estado,
através da Parvalorem - veículo estatal criado para gerir os activos
tóxicos do BPN -, denunciou vários casos de concessão de crédito sem
garantias depois da nacionalização do banco, que ocorreu em 2008.
Segundo o jornal, o Ministério Público está a investigar a gestão da CGD no BPN, e a reacção dos visados não se fez esperar.
A equipa de gestão do BPN nacionalizado era composta por Francisco
Bandeira, Norberto Rosa e José Lourenço Soares, todos quadros da CGD,
além de Rui Pedras, administrador que transitou do período anterior à
nacionalização em que Miguel Cadilhe presidiu ao banco fundado por
Oliveira Costa.
No documento, os responsáveis assinalam que "a administração do
ex-BPN está muito tranquila em relação a tudo o que fez e com a
consciência que o que fez cumpriu as melhores práticas e, sempre que tal
se justificava, com o conhecimento do seu accionista, o Estado".
A equipa de gestores apela ao Ministério Público "que tome medidas,
de modo a que não seja usado para pretensamente incriminar na praça
pública cidadãos, e a evitar que os autores destes desmandos passem
impunes".
E deixa no ar a possibilidade de recorrer para a Justiça contra a
Parvalorem: "A insistência na conduta acima descrita não deixará de
levar os visados a actuar nas instâncias próprias contra difamações e em
defesa da sua honra e do seu bom nome".
Em 2008, o banco foi nacionalizado e, em 2011, o Estado vendeu o BPN
ao banco de capitais luso-angolanos BIC Português, por 40 milhões de
euros. Foi entre estas duas datas que a equipa liderada por Francisco
Bandeira assumiu as rédeas do banco.
No relatório final da segunda comissão parlamentar de inquérito ao
BPN, aprovado a 16 de Novembro do ano passado, lê-se que o custo total
da sua nacionalização para os cofres estatais é de, no mínimo, em
números redondos, 3,4 mil milhões de euros e, no máximo, de 6,5 mil
milhões de euros.
* O BPN já é uma extensa novela na qual o realizador produz episódios cada vez mais sórdidos,o público já não aguenta.
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