HOJE NO
" JORNAL DE NEGÓCIOS"
Banco de Portugal
Economia sobe pela primeira
vez na era da troika
O indicador de actividade económica do Banco de
Portugal, que antecipa a evolução do PIB, registou em Setembro a
primeira evolução homóloga positiva em 30 meses, ou seja, desde Março de
2011.
O indicador coincidente mensal do Banco de Portugal, para medir a
evolução da actividade económica, registou em Setembro um aumento de
0,1% face ao mesmo mês do ano passado, de acordo com os Indicadores de
Conjuntura publicados esta sexta-feira.
Apesar de ténue, esta subida marca o fim da queda homóloga deste
indicador, que durava já há 30 meses. É preciso recuar a Março de 2011
para encontrar um mês em que o indicador coincidente mensal do Banco de
Portugal não tenha descido.
A subida de Setembro é assim a primeira desde que Portugal solicitou a
ajuda financeira externa (em Abril de 2011), sendo que depois dessa
data a economia entrou numa recessão que só agora começa a dar sinais de
que poderá estar a acabar.
Em Agosto o indicador do Banco de Portugal, que antecipa a evolução
do PIB, tinha recuado 0,6% em termos homólogos e nos meses anteriores a
queda foi sempre superior a 1%. Esta recuperação do indicador vem
confirmar os últimos sinais de retoma da economia portuguesa.
Depois de crescer 1,1% no segundo trimestre, face aos três meses
anteriores, o PIB português terá voltado a registar uma variação
positiva em cadeia no terceiro trimestre, de acordo com as estimativas
mais recentes apresentadas por várias entidades, como o BBVA e a
Universidade Católica, que utilizam dados reais nas suas estimativas
para a evolução do PIB de Portugal.
Também o Governo tem citado os últimos os últimos sinais que apontam
para que a economia portuguesa tenha mantido no terceiro trimestre a
tendência de variação positiva no PIB. No Boletim de Outono divulgado
recentemente, o Banco de Portugal estimou uma queda de 1,6% no PIB no
conjunto deste ano, admitindo que as variações homólogas no último
trimestre de 2013 já fossem positivas.
A contribuir para a recuperação da economia portuguesa está a queda
menos acentuada no consumo das famílias. O indicador coincidente do
Banco de Portugal para medir a evolução do consumo privado recuou 1,1%
em Setembro, o que representa a descida menos acentuada desde Fevereiro
de 2011.
O Banco de Portugal nota que o volume de negócios no comércio a
retalho em Portugal, no trimestre terminado em Agosto, registou uma
queda de 1,5%, quando no segundo trimestre tinha recuado 3,4%. Para
ilustrar a recuperação no consumo das famílias, o Banco de Portugal cita
ainda a subida de 15,7% nas vendas de automóveis no terceiro trimestre.
* Que alegria tamanha para um aumento de 0,1%, só visivel ao microscópio.
Proporcionalmente muito mais pequeno que um "p.....ho" do Catroga.
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