09/10/2013

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HOJE NO
" O PRIMEIRO DE JANEIRO"

Grupo de motoristas da STCP denuncia
 "Vítimas de um massacre" 

Um grupo de motoristas da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) denunciou estar a ser “vítima de um massacre”, por ser constantemente contactado para realizar serviço extraordinário, considerando que esta situação põe em causa a segurança. 

 “Sabemos que temos que colaborar, mas ao ponto de fazer 12,13 e às vezes 14 horas diárias sem almoçar e sem descanso diário é demais, uma vez por outra vá lá até se faz, agora todos os dias está a ser muito puxado”, afirmam os motoristas numa carta enviada à Comissão de Trabalhadores (CT) da STCP, hoje divulgada.


 Os motoristas referem estar a ser pressionados para trabalhar praticamente em todos os dias de descanso e dizem que, “a meio do segundo serviço”, já não têm “condições de segurança, pois os olhos piscam” e os reflexos já não são os mesmos. 

 Fonte da CT afirmou que esta situação exige "uma intervenção urgente dos órgãos de soberania", tendo já sido solicitada que seja feita uma “auditoria às horas que estão a ser feitas por estes motoristas - cerca de 160 - que se encontram em situação precária”. 

 “Está obviamente em causa a segurança das pessoas”, disse Ricardo Cunha, da CT, que reafirmou serem precisos, “no mínimo, mais 100 motoristas” para cobrir todo o serviço da STCP. Segundo Ricardo Cunha, a CT já enviou esta carta à administração da empresa para que “intervenha”, sendo certo que “a STCP apenas está a cumprir 70% do serviço diário” devido à falta de motoristas. Na carta, os motoristas dizem ainda que os convites para realizar serviço extraordinário “estão cada vez mais a ser uma obrigação”. 

O grupo de trabalhadores pede desculpa pelo “anonimato”, mas acaba por se identificar, afirmando: “somos aqueles que se veem todos os dias, de manhã à noite, com cara e olhos de cansados e com medo de represálias”. “Não temos família nem tempo para os nossos amigos, estamos 24 horas ao serviço da empresa”, concluem os queixosos, que pedem "ajuda" à CT para resolver esta situação. 

* Não é a primeira vez que situações de quase esclavagismo são noticiadas, vamos aguardar notícia  da reacção das autoridades.

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