HOJE NO
" DIÁRIO ECONÓMICO"
Sobe número de pessoas que
esgotam subsídio de desemprego
Aumentou o número de cidadãos que esgotou a duração do subsídio de desemprego, passando a receber outro apoio social.
Em Junho, a Segurança Social pagou menos prestações de desemprego do que
em Maio mas, entre os vários tipos de subsídio existentes, houve um que
passou a contar com mais beneficiários. É o subsídio social
subsequente, atribuído a pessoas que já esgotaram o subsídio de
desemprego "principal" mas que se mantêm desempregadas e vivem em
famílias de rendimentos muito baixos. Este é, portanto, um apoio social
que depende da condição de recursos.
De acordo com os dados da
Segurança Social actualizados recentemente, em Junho foram pagos 46,7
mil subsídios sociais subsequentes, mais 3% face ao mês anterior. Entre
os quatro tipos de subsídio de desemprego existentes (três são apoios
sociais), apenas esta prestação chegou a mais pessoas em Junho. O
subsídio de desemprego "normal", que abrangeu cerca de 326 mil
desempregados, sofreu uma quebra mensal de 1,3%. A prestação social
inicial (atribuída a pessoas que não descontaram tempo suficiente para
ter acesso ao subsídio "normal" e vivem em agregados de baixos
rendimentos) recuou quase 9%.
Mesmo comparando com igual mês de
2012, o número de subsídios sociais subsequentes aumentou 33,4%, a maior
subida entre os quatro tipos de prestação. O subsídio de desemprego
"principal" subiu 11,7% e a prestação social inicial recuou 25,3%.
No
conjunto de todas as prestações de desemprego, a Segurança Social terá
pago subsídios a quase 395 mil pessoas em Junho, mas os dados estão
sobreavaliados já que quem transita entre subsídios é contabilizado uma
vez em cada uma dessas prestações. Excluindo este efeito, estarão em
causa cerca de 393 mil prestações, mas mesmo aqui pode haver dados
contabilizados duas vezes, caso o beneficiário tenha mudado de centro
distrital. Olhando para este número, está em causa uma descida mensal de
1,4%. Esta é, aliás, a segunda quebra mensal consecutiva, embora em
Maio o recuo tivesse sido mais pronunciado (-4,7%).
Em termos
homólogos, o número total de prestações pagas (incluindo subsídios
sociais) subiu 10,6%. À excepção do mês de Maio (que registou um
crescimento de 6,8%) esta subida homóloga é a mais baixa desde Janeiro
de 2012.
A quebra mensal nos subsídios pagos acompanha a descida
sentida no número de inscritos nos centros de emprego. Aliás, a
inscrição no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) é
obrigatório para ter acesso ao subsídio. Os dados do IEFP apontam para
descidas mensais no número de inscritos desde Fevereiro. Em Junho, o
recuo foi de 1,9%.
Os dados da Segurança Social permitem ainda
aferir que, em Junho, o subsídio médio (entre os quatro tipos de
prestação) era de 484,13 euros, o valor mais baixo desde Outubro de
2010. Em Maio, a prestação média era de 510,22 euros, o valor mais alto,
desde, pelo menos, 2005.
* Um exemplo de vergonhosa injustiça:
Duas famílias com o mesmo nível económico e com os conjuges no desemprego, apenas uma diferença, uma delas tem andar próprio porque o pagou ao longo de penosos anos, a outra família vive em casa alugada.
A primeira família actualmente com as mesmas dificuldades que a segunda não tem direito a qualquer subsídio de apoio depois de se esgotar o apoio do IEFP, é uma família "capitalista" e vai ter que vender o andar para poder comer porque nem no Banco Alimentar Contra a Fome a aceitam, a segunda família vai ter subsídio de renda e mais alguns trocos, É JUSTO???
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