HOJE NO
" DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
BE questiona Governo sobre
nomeação de João Coutinho
O
Bloco de Esquerda questionou hoje o Ministro das Finanças sobre a
eventual nomeação de João Coutinho para administrador executivo da CGD,
que em 2004 saiu do banco público com uma indemnização entre 500 e 800
mil euros.
O
Público noticia hoje que o Governo escolheu nomear João Coutinho como
administrador executivo da CGD, que já esteve no banco quando Mira
Amaral era presidente executivo e de onde saiu em 2004 com uma
indemnização entre 500 e 800 mil euros. O jornal diz ainda que a
Comissão de Seleção e Recrutamento da Administração Pública (CRESAP) deu
'luz verde' à nomeação de João Coutinho (que até fevereiro deste ano
estava no Barclays Portugal), mas que considerou a indemnização uma
questão ética a ser tida em conta pela tutela no momento de negociar o
salário.
O Bloco de Esquerda, na pergunta enviada ao Ministério
das Finanças a que a Lusa teve acesso, considera que se devem esclarecer
"todas as questões éticas relacionadas com esta nomeação, sobretudo no
que diz respeito ao valor e tratamento da indemnização anteriormente
atribuída".
Na carta assinada pelo deputado Pedro Filipe Soares,
pergunta-se, especificamente, qual a indemnização atribuída a João
Coutinho, porque é que o Governo não considerou esta uma questão ética
antes de o nomear, de que forma vai o Executivo levar em conta as
preocupações da CRESAP e de que forma será refletida no salário de João
Coutinho a indemnização entre 500 e 800 mil euros paga ao gestor há 9
anos pelo próprio banco público.
A CGD está atualmente num
momento de mudança da sua equipa de gestão, a qual vai gerir o banco
público até 2016, num processo que se tem vindo a arrastar há já algumas
semanas.
No final de maio, o atual presidente do Conselho de
Administração da CGD, Faria de Oliveira, pediu formalmente para sair do
cargo que ocupa e dedicar-se em exclusivo à Associação Portuguesa de
Bancos (APB).
Além de Faria de Oliveira, de saída da CGD estão
ainda os administradores executivos Norberto Rosa e Rodolfo Lavrador, o
primeiro porque completa este ano o seu terceiro mandato e não pode ser
reconduzido no cargo e o segundo porque "não terá cumprido os objetivos"
estabelecidos para as operações internacionais do banco público,
segundo o Diário Económico.
Por seu turno, o administrador não
executivo Pedro Rebelo de Sousa terá apresentado em meados de abril o
seu pedido de demissão do cargo, de acordo com o mesmo jornal. Já em
dezembro, António Nogueira Leite tinha resignado ao cargo de
administrador executivo da CGD, por alegadas divergências com a restante
equipa de gestores do banco.
Entre as novas caras da CGD, de
acordo com as informações conhecidas através da comunicação social,
estará Álvaro Nascimento (diretor da Faculdade de Economia e Gestão da
Universidade Católica do Porto e que atualmente é administrador não
executivo da CGD) que deverá ir para presidente não executivo do banco,
em substituição de Faria de Oliveira.
O Governo terá ainda escolhido Pedro Pimentel, José Vieira Branco e Hélder Reis para administradores não executivos da CGD.
No entanto, segundo o Diário Económico e o Jornal de Negócios de hoje, o Governo terá recuado nesta escolha.
Hélder
Reis é diretor-geral do GPEARI (Gabinete de Planeamento, Estratégia,
Avaliação e Relações Internacionais), do Ministério das Finanças.
Este
eventual volte-face acontece depois de, em meados de junho, ter sido
conhecido que o Governo escolheu o presidente da AICEP, Pedro Reis, para
administrador não executivo, mas que este recuou afirmando que algum
banco poderia considerar incompatíveis o exercício das duas funções.
Para
a Comissão Executiva da CGD, o Governo vai nomear como administradoras
Ana Cristina Leal (atualmente no Banco de Portugal) e Maria João Carioca
(da gestora de rede multibanco SIBS), as quais já tiveram também
parecer positivo da Cresap.
Na liderança executiva do banco continuará José de Matos, que assim é reconduzido até 2016.
* Arranjos e desarranjos, a amigalhite tem de ser mais discreta...
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