HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Portugal está, "passo a passo,
a recuperar soberania"
Paulo Portas destacou hoje em Caracas as emissões sindicadas de dívida que Portugal concretizou este ano em mercado primário.
Portas encontra-se em Caracas para uma visita de dois dias, por
ocasião da oitava reunião da Comissão Mista de Acompanhamento Bilateral
Portugal/Venezuela, que decorre hoje na capital venezuelana.
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros referiu como "muito
importante para a projecção internacional de Portugal" o facto de o país
se ter conseguido "financiar autonomamente nos mercados, no início
deste ano a médio prazo e há menos de um mês a longo prazo".
"Nós tivemos que pedir assistência externa porque não conseguíamos
financiamento. Se conseguirmos colocar a nossa dívida, vamos conseguindo
recuperar a nossa soberania. Eu acho que esse facto, do ponto de vista
internacional, é o mais importante de todos", adiantou.
Portas afirmou que Portugal está a conseguir, "passo a passo, ter
condições de confiança e credibilidade para poder se financiar
autonomamente". "A ausência disso foi o que nos levou em 2011, enquanto
país, a pedir assistência externa", disse.
Portas destacou a relação "bastante positiva e amiga" com o Governo
venezuelano e defendeu a abertura de "novas alamedas" de cooperação
económica entre os dois países.
A delegação ministerial portuguesa integra "mais de 40 empresários"
de sectores como habitação infraestruturas electricidade, energias
alternativas, saúde e agroalimentar, entre outros.
"Vamos constituir um conjunto de mesas temáticas entre empresas
portuguesas e venezuelanas, vamos ver se podemos resolver algumas
questões pendentes, se podemos avançar nalgum conjunto de contratos,
abrir novas áreas de cooperação", disse o ministro.
A Comissão Mista Portugal/Venezuela esteve prevista para o início do
ano, mas a morte do ex-presidente Hugo Chávez e a realização de eleições
obrigaram ao adiamento do encontro. A reunião, que tem início hoje em
Caracas será encerrada em Lisboa "dentro de umas semanas".
* PP nem mentir sabe.
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