20/04/2013

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HOJE NO
" DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

85 novos desempregados 
por hora em março


Cerca de 63 mil pessoas inscreveram-se em março nos centros de emprego, que já contam com 734 mil desempregados, revela o Instituto de Emprego, que registou uma diminuição de cinco mil desempregados em relação a fevereiro. 

Segundo os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), em março inscreveram-se nos centros de emprego 63.494 desempregados, ou seja, uma média de 85 pessoas por hora.
No final do mês, estavam inscritas 734.448 pessoas, mais 11% do que há um ano.
Apesar dos números elevados, as contas do IEFP mostram que houve uma diminuição de menos 5.163 desempregados em relação a fevereiro.
Um em cada três desempregados recorreu aos centros de empregos porque tinha chegado ao "fim o trabalho não permanente", seguindo-se os "despedidos" (15,6% do total de inscritos em março).
O número de pessoas que está há mais de um ano à procura de emprego aumentou 30,2% em relação a março de 2012.
Os dados do IEFP revelam que o aumento do desemprego verificou-se na procura do primeiro emprego (mais 22,7% que em 2012) mas também entre quem procurava um novo emprego (+10,1%).
No que se refere à escolaridade dos inscritos e comparando com o ano anterior, verifica-se um agravamento da situação em todos os níveis, com especial destaque para o ensino superior (mais 31,9%).

O desemprego aumentou no último ano em todas as regiões do país e ilhas. Já numa comparação com o mês anterior, verifica-se uma diminuição do desemprego em todas as regiões, à exceção do Alentejo e Açores (mais 0,2% e 0,8% respetivamente).
Mais de metade dos desempregados pertencem a cinco grupos profissionais: "pessoal dos serviços de proteção e segurança" (88.789), "trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio" (80.132), "operários e trabalhadores similares da indústria extrativa e construção civil" (68.959), "empregados de escritório" (68.453) e "trabalhadores não qualificados das minas, construção civil e indústria transformadora" (59.065).
Foi entre os "quadros superiores da administração pública", um grupo pouco expressivo no total do desemprego, e entre os "docentes do ensino secundário, superior e profissões similares" que se registou um maior aumento de desemprego no último ano. Os professores desempregados aumentaram 73,7% em relação a 2012.

A maioria das pessoas que recorreu aos centros para encontrar um novo emprego tinha trabalhado em atividades do sector dos "serviços", com maior relevância para as "atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio" e o "comércio por grosso e a retalho", indica o relatório divulgado no site do IEFP.
Em março houve um aumento de ofertas de emprego. No final do mês, havia 11.789 ofertas de emprego por satisfazer (mais 26,8% face a igual período de 2012 e mais 7,9% em relação ao mês anterior).
Só em março chegaram aos centros de emprego 9.650 novas ofertas de emprego (mais 28,4% do que há um ano e mais 26,0% do que em fevereiro).

Mais de metade das ofertas era para trabalhar nas áreas das atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio, alojamento e restauração, administração pública, educação, atividades de saúde e apoio social assim como comércio por grosso e a retalho e construção.
Março foi também um mês em que 6.029 pessoas arranjaram trabalho através dos centros de emprego (mais 47,6% relativamente ao mês homólogo de 2012 e mais 26,6% do que em fevereiro).
A maioria conseguiu emprego na área de "trabalhadores não qualificados das minas, construção civil e indústria transformadora", "pessoal dos serviços, de proteção e segurança", "outros operários, artífices e trabalhadores similares", "operadores de máquinas e trabalhadores de montagem" e "trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio".
Em fevereiro de 2013, a taxa de desemprego em Portugal situou-se nos 17,5%, a terceira taxa mais alta na União Europeia, segundo dados do Eurostat. O Governo prevê que a taxa de desemprego atinja os 18,2% este ano e uma recessão de 2,3%.

*  A vida tem destas coisas, enquanto a cada hora de cada dia 85 pessoas ficam sem salário, há um banqueiro neste país que ganha 485 euros de dez em dez minutos. Não é demagogia, é real.

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