05/03/2013

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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

DCIAP deduz acusação contra Amplimóveis liderada por Arlindo Carvalho

Em causa estão os crimes de burla qualificada, abuso de confiança e fraude fiscal qualificada. E mais nove arguidos num dos casos do BPN. 

O Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), ainda liderado por Cândida Almeida, deduziu acusação contra mais nove arguidos no caso BPN, incluindo uma empresa que se dedica à compra, venda e exploração de imóveis, a Amplimóveis que é presidida pelo antigo ministro da Saúde, Arlindo de Carvalho, também constituído arguido num dos casos que integra o chamado "dossier BPN". A PGR não identifica nenhum dos arguidos, avançando apenas que estão em causa crimes de burla qualificada, abuso de confiança e fraude fiscal qualificada.

Em causa está um processo que teve origem numa queixa crime do BPN/SLN e que se prende com uma série de negócios imobiliários em que surgem directamente implicados, o antigo presidente do banco, José Oliveira e Costa, o seu braço direito Francisco Sanches (ex-administrador do BPN e SLN), Luís caprichoso (ex-administrador do BPN e SLN), Arlindo de Carvalho, o ex-sócio deste José Neto, Ricardo Oliveira, um advogado que liderou uma série de negócios imobiliários do BPN/SLN e José Monteverde, ex-presidente da ParqueInvest Imobiliária (grupo BPN/SLN).

A Procuradoria-Geral da República (PGR) rectificou hoje em comunicado que o DCIAP deduziu acusação "contra nove [e não cinco como avançou inicialmente] arguidos, um deles pessoa colectiva" - a Amplimóveis, apurou o Económico, empresa presidida por Arlindo Carvalho e que, em 2011, contava com activos de 6,4 milhões de euros, um passivo de perto de quatro milhões de euros e ainda financiamentos de 2,7 milhões de euros. Segundo a PGR, "foi deduzido pedido cível no montante de 15.385.949,69€".

Segundo apurou o Económico, o processo em causa teve origem numa queixa apresentada pelo grupo BPN/SLN no qual são referidos factos relacionados com vários negócios que envolviam financiamentos para a aquisição de bens imóveis ou de sociedades detentoras de imóveis, enquanto outro tipo de operações, que envolvem alguns destes arguidos, que se relacionam com financiamentos para aquisição de acções, visando o controlo accionista das principais entidades operacionais do grupo BPN/SLN, deram origem a outro processo autónomo.
 No comunicado inicial, divulgado ao início da tarde e assinado por Cândida Almeida, que termina a 8 de Março a sua comissão de serviço na direcção do DCIAP, informa-se que "no âmbito do chamado "dossier BPN", foi deduzida acusação contra cinco arguidos, um deles pessoa colectiva". Já a meio da tarde, o DCIAP veio corrigir a informação sobre a acusação deduzida: "informamos que, por lapso, mencionámos que teria sido deduzida acusação contra 5 (cinco) arguidos quando na realidade são 9 (nove) arguidos".
Até ao momento não foi possível obter esclarecimentos adicionais da PGR.

* Mais um amigo de Cavaco Silva, lá diz o ditado,     "Diz-me com quem...."

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