HOJE NO
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Santos Pereira.
Peso das exportações no PIB vai ultrapassar os 40% este ano
O ministro da Economia afirmou hoje que, pela primeira vez "em muitas
décadas", Portugal vai terminar o ano com um peso das exportações sobre
o Produto Interno Bruto (PIB) a ultrapassar os 40%, quando este índice
não tem passado dos 30%.
Álvaro Santos Pereira, que falava na conferência "A Soma das Partes"
em Lisboa, um evento organizado pela TSF, disse que "pela primeira vez
em muitas décadas Portugal vai ter o peso de exportações em relação ao
PIB acima de 40%", acrescentando que "é um resultado importante" que
deve orgulhar os portugueses.
O ministro, que centrou a sua intervenção no tema das exportações,
adiantou que, a concretizar-se este dado, será "um resultado de todos e
não um resultado do Governo".
"Se olharmos para os últimos 150 anos, ao nível da balança de bens e
serviços em percentagem do PIB, vemos que pela primeira vez desde 1943,
vamos ter um saldo positivo da nossa balança comercial em 2013, ou seja
vamos exportar mais do que aquilo que exportamos", precisou.
Álvaro Santos Pereira referiu que um dos problemas de Portugal "é
não exportar o suficiente", e que deveria estar "a exportar 70% a 90% do
PIB".
Álvaro Santos Pereira fez questão de salientar que Portugal está, em
termos de ajustamento externo, "cerca de dois anos à frente do que as
instituições internacionais previam" e que se chegou ao final de 2012
"com uma situação que já não tínhamos há uns bons anos".
O responsável governamental elogiou os empresários, acreditando que
as exportações continuarão a ser o motor da economia nos próximos anos:
"os nossos empresários têm arregaçado as mangas, têm andado pelo mundo,
têm-se internacionalizado e apostado nas exportações. Este processo
certamente vai continuar não só por causa da queda do consumo interno
mas também porque os nossos empresários estão a perceber muito
claramente que há enormes vantagens da economia portuguesa se
internacionalizar".
O ministro voltou a criticar a política seguida pelos governos
anteriores, principalmente o de José Sócrates, ao referir que só quando
Portugal apostou nas exportações é que conseguiu crescer e "não quando
andamos a fazer Parcerias Público Privadas (PPP) ou quando o Estado
andou a vender imóveis a si próprio para esconder défices orçamentais".
Álvaro Santos Pereira sublinhou que "não foi através do investimento
público faraónico em obras de utilidade duvidosa" que Portugal cresceu,
mas sim quando apostou "na indústria, nas exportações e nas pessoas".
Para o ministro da Economia, o país negligenciou "muito dos setores
que agora precisamos de voltar a apostar" e criticou aqueles que
pensavam que investir na agricultura, na indústria e no setor mineiro
"não era muito 'sexy'".
* Desejamos que o tiro não lhe saia pela culatra porque preferimos dar-lhe os parabéns no final do ano.
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