22/01/2013

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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

PSD: 
Regresso aos mercados representa “momento de viragem” para Portugal 

Jorge Moreira da Silva afirmou hoje que a emissão de dívida de longo prazo, prevista para amanhã, bem como o pedido de alargamento dos prazos de pagamento da dívida, resultam de uma estratégia acertada implementada pelo Governo português.

Jorge Moreira da Silva, vice-presidente do PSD, considerou hoje que as notícias mais recentes, que culminam com a operação de regresso aos mercados prevista para amanhã, traduzem um “momento de viragem” em Portugal.

Entre os eventos citados por Moreira da Silva está a colocação, na semana passada, de dívida com maturidade a 18 meses a juros favoráveis; o anúncio do ministro das Finanças de que a execução orçamental de 2012 ficará dentro dos limites previstos; o facto de o Banco de Portugal apontar para o final de 2013 a inversão da situação económica e do crescimento e a iniciativa do Governo em pedir no Eurogrupo uma extensão dos prazos dos empréstimos concedidos pelos fundos de resgate do euro.

Esses dados, em conjunto com operação de colocação de dívida de longo prazo prevista para amanhã, “traduzem um momento de viragem na nossa situação económica e financeira”, repetiu, Jorge Moreira da Silva, na conferência de imprensa que deu após a comissão política do partido.

O vice-presidente do PSD aproveitou ainda para contrariar António José Seguro, que pouco antes tinha dito que o pedido de extensão dos prazos de pagamento vinha dar razão ao PS e devia ter sido implementado há um ano.

“Ao contrário do que possam querer fazer crer”, este pedido ao Eurogrupo e o regresso de Portugal aos mercados, “resulta de uma estratégia acertada”, que passou primeiro por “cumprir as metas orçamentais” e implementar um conjunto de reformar estruturais. O objectivo passa por, “o mais depressa possível, reconquistar a soberania e a liberdade de escolha”, regressando aos mercados e cumprindo memorando de ajustamento.

Reconhecendo que esta “estratégia deu origem a um conjunto de sacrifícios pedidos aos portugueses”, Moreira da Silva adiantou que também deu resultados. Citou a redução da despesa pública, avaliações positivas da troika, a subida das exportações, a descida dos juros da dívida pública e a flexibilização no memorando.
Para Moreira da Silva, foi em resultado desta estratégia que ontem foi possível solicitar no Eurogrupo uma “melhoria das condições de pagamento da dívida, para regressar aos mercados o mais depressa possível”.

“A estratégia acertada é esta e não a que o PS vinha defendendo”, afirmou Moreira da Silva, salientando que o que o PS defendia era “mais troika e mais dinheiro”, ou seja “mais crédito e mas endividamento junto da troika”. Para o responsável do PS, o que se verificou foi o contrário”.

O “PS estava convencido que Governo não conseguiria atingir as metas orçamentais e precisaríamos de mais tempo, ou seja, mas dinheiro. A estratégia do governo revelou-se adequada e a expectativa do PS revelou-se incorrecta”, acrescentou.
Depois de reforçar que os resultados desta estratégia são “extremamente positivos”, Moreira da Silva apelou ao PS para que se junte ao governo nas reformas estruturai que vão além do memorando de entendimento. 

* O que é que "seu" Jorge poderia dizer se é o seu partido que está no governo?
A questão é que o prolongamento do prazo  de pagamento da dívida podia ter sido negociado há mais tempo e o regresso aos mercado é fogo de artifício enquanto a banca praticar agiotagem com pequenos e médio empresários. 
Recebe dinheiro do BCE a 0.75% e cobra 9%, nem o tio Patinhas faria melhor.

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