HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
PSD:
Regresso aos mercados representa “momento de viragem” para Portugal
Jorge Moreira da Silva afirmou hoje que a emissão de dívida de longo prazo, prevista para amanhã, bem como o pedido de alargamento dos prazos de pagamento da dívida, resultam de uma estratégia acertada implementada pelo Governo português.
Jorge Moreira da Silva, vice-presidente
do PSD, considerou hoje que as notícias mais recentes, que culminam com a
operação de regresso aos mercados prevista para amanhã, traduzem um
“momento de viragem” em Portugal.
Entre os eventos citados por Moreira da Silva está a colocação, na
semana passada, de dívida com maturidade a 18 meses a juros favoráveis; o
anúncio do ministro das Finanças de que a execução orçamental de 2012
ficará dentro dos limites previstos; o facto de o Banco de Portugal
apontar para o final de 2013 a inversão da situação económica e do
crescimento e a iniciativa do Governo em pedir no Eurogrupo uma extensão
dos prazos dos empréstimos concedidos pelos fundos de resgate do euro.
Esses dados, em conjunto com operação de colocação de dívida de longo
prazo prevista para amanhã, “traduzem um momento de viragem na nossa
situação económica e financeira”, repetiu, Jorge Moreira da Silva, na
conferência de imprensa que deu após a comissão política do partido.
O vice-presidente do PSD aproveitou ainda para contrariar António
José Seguro, que pouco antes tinha dito que o pedido de extensão dos
prazos de pagamento vinha dar razão ao PS e devia ter sido implementado
há um ano.
“Ao contrário do que possam querer fazer crer”, este pedido ao
Eurogrupo e o regresso de Portugal aos mercados, “resulta de uma
estratégia acertada”, que passou primeiro por “cumprir as metas
orçamentais” e implementar um conjunto de reformar estruturais. O
objectivo passa por, “o mais depressa possível, reconquistar a soberania
e a liberdade de escolha”, regressando aos mercados e cumprindo
memorando de ajustamento.
Reconhecendo que esta “estratégia deu origem a um conjunto de
sacrifícios pedidos aos portugueses”, Moreira da Silva adiantou que
também deu resultados. Citou a redução da despesa pública, avaliações
positivas da troika, a subida das exportações, a descida dos juros da
dívida pública e a flexibilização no memorando.
Para Moreira da Silva, foi em resultado desta estratégia que ontem
foi possível solicitar no Eurogrupo uma “melhoria das condições de
pagamento da dívida, para regressar aos mercados o mais depressa
possível”.
“A estratégia acertada é esta e não a que o PS vinha defendendo”,
afirmou Moreira da Silva, salientando que o que o PS defendia era “mais
troika e mais dinheiro”, ou seja “mais crédito e mas endividamento junto
da troika”. Para o responsável do PS, o que se verificou foi o
contrário”.
O “PS estava convencido que Governo não conseguiria atingir as metas
orçamentais e precisaríamos de mais tempo, ou seja, mas dinheiro. A
estratégia do governo revelou-se adequada e a expectativa do PS
revelou-se incorrecta”, acrescentou.
Depois de reforçar que os resultados desta estratégia são
“extremamente positivos”, Moreira da Silva apelou ao PS para que se
junte ao governo nas reformas estruturai que vão além do memorando de
entendimento.
* O que é que "seu" Jorge poderia dizer se é o seu partido que está no governo?
A questão é que o prolongamento do prazo de pagamento da dívida podia ter sido negociado há mais tempo e o regresso aos mercado é fogo de artifício enquanto a banca praticar agiotagem com pequenos e médio empresários.
Recebe dinheiro do BCE a 0.75% e cobra 9%, nem o tio Patinhas faria melhor.
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