28/12/2012

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  HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

Portugal importa cada vez menos bens culturais mas saldo continua negativo 

O saldo na balança comercial de bens culturais tem vindo a ficar menos negativo mas ainda se encontra acima dos 100 milhões de euros. As publicações periódicas e os jornais são os produtos culturais que os portugueses mais importam. 

Os livros são os bens culturais que Portugal mais exporta. Contudo, o país acaba por importar mais livros do que aqueles que vende para fora de portas. Esta é uma imagem de um sector com uma balança comercial no vermelho.

O valor das exportações de bens culturais foi de cerca de 64,7 milhões de euros em 2011, ligeiramente acima do ano anterior. Nos últimos anos, este número tem variado sempre em torno desde montante, de acordo com as Estatísticas da Cultura relativas ao ano passado, publicadas hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Dos produtos vendidos para fora, os livros, brochuras e impressos semelhantes são os que mais geram dinheiro, mais de dois terços do total. Já os objectos de arte, de colecção ou antiguidades contribuíram para exportações de 9,4 milhões de euros, cerca de 15% do total.

Os livros, além de serem os mais exportados, estão entre os bens que mais são importados para Portugal (28,5% do total), apenas abaixo dos jornais e das publicações periódicas (45%). Aqui as obras de arte representam apenas 3,5% das importações totais. Ao todo, as importações ascenderam a 174,9 milhões de euros, o que representa uma descida de 21,4% face ao ano anterior. Esta é a importância mais baixa desde, pelo menos, 2008, quando estava acima dos 250 milhões de euros.

Assim, num momento em que as exportações subiram ligeiramente e em que as importações deslizaram, a balança comercial de bens culturais ficou numa melhor posição. Mas, em Portugal, continuou negativa, na ordem dos 110,2 milhões de euros em 2011, uma melhoria de 32% face ao ano anterior, segundo os dados do INE. 

* Esta não deve ser a mesma cultura que a notícia do "DESTAK".

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