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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
"CORREIO DA MANHÃ"
Madeira/Mau tempo
"Vulnerabilidades podiam ser menores se governo tivesse aprendido com tragédias"
O investigador do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de
Lisboa, Raimundo Quintal, afirmou esta sexta-feira que as
vulnerabilidades da região poderiam ser menores se o Governo da Madeira
tivesse aprendido com tragédias anteriores.
"Num
momento em que a Madeira poderá voltar a ser fustigada por chuvas e
ventos fortes, é importante referir que as vulnerabilidades poderiam ser
bem menores se o Governo Regional tivesse humildemente aprendido com o
temporal de 20 de Fevereiro de 2010 e os incêndios de Agosto de 2010 e
Julho de 2012", refere Raimundo Quintal num texto colocado na sua página
do Facebook.
O geógrafo exemplifica
com o estado em que se encontra o canal de escoamento da ribeira de
Santa Luzia, entre as rotundas da Fundoa e dos Viveiros, e a degradação
da mata entre o Monte e a Ribeira das Cales, no Funchal. "São apenas
dois exemplos da negligência humana, que potencializa as catástrofes
naturais", considera.
No texto,
intitulado "Alerta vermelho" e que surge na sequência do aviso vermelho
emitido pelo Instituto de Meteorologia para a região para o
fim-de-semana, Raimundo Quintal refere que "se as condições atmosféricas
evoluírem de acordo com as previsões, será impossível evitar, de todo,
quedas de árvores, desabamentos e escorregamentos em vertentes, o
extravasamento dos caudais torrenciais ou a destruição de coberturas de
casas".
"O alerta vermelho significa
'situação meteorológica de risco extremo' e, por isso, no pouco tempo
que falta para estarmos expostos à força bruta da natureza, temos todos
de agir de forma a minimizar os efeitos", refere o responsável,
ex-vereador na Câmara Municipal do Funchal.
Para
o geógrafo, não se pode "ficar à espera dos serviços das câmaras para
limpar as sarjetas, para desobstruir pequenas linhas de água, para
colocar protecções nas portas de forma a evitar a entrada de água nas
casas ou nos estabelecimentos comerciais, e reforçar ou retirar para
lugar seguro folhas de zinco".
"As
consequências da tempestade serão bem menores se todos os cidadãos
seguirem à risca as recomendações da Protecção Civil emitidas através do
serviço público de radiodifusão", declara, manifestando "um profundo
desejo de que o mau tempo passe depressa e que os seus efeitos sejam
insignificantes".
* A responsabilidade é das autoridades madeirenses que entre temporais pouco fazem pela prevenção.
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