13/11/2012

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HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"

Previsões do Banco de Portugal 
“OE2013 tem elevado nível de incerteza” 

 Boletim de Outuno alerta que a estratégia de consolidação subjacente ao Orçamento do Estado para 2013 está, como no orçamento deste ano, “muito focada num imposto em particular”. 
O MINISTRO DA PANDEIRETA

O Banco de Portugal alertou hoje para um “elevado nível de incerteza e um conjunto de riscos” associados à evolução das finanças públicas esperada pelo Governo no Orçamento para 2013, estando preocupado com a reação das famílias à austeridade. 

No Boletim Económico de Outono hoje divulgado, a instituição liderada por Carlos Costa explica ainda que a estratégia de consolidação subjacente ao Orçamento do Estado para 2013 está, como no orçamento deste ano, “muito focada num imposto em particular” e sublinha os riscos associados. “Importa referir que as estimativas para a evolução das finanças públicas em 2013 apresentadas no Relatório do OE2013 têm associados um elevado nível de incerteza e um conjunto de riscos.

 Com efeito, a reação das famílias ao elevado montante de medidas com impacto no seu rendimento disponível é particularmente difícil de prever, acentuando a incerteza relativa ao cenário macroeconómico. 

Embora a receita de IRS seja, à partida, mais fácil de projetar do que a receita de IVA (na qual assentava a estratégia do lado da receita para 2012), o risco inerente à quantificação do impacto das medidas não deverá ser descurado”, sublinha a instituição. O banco central diz ainda que existe algum risco também associado à diminuição da despesa em rubricas que têm já apresentado diminuições desde o início do programa. “A previsão de diminuição da despesa em rubricas que têm evidenciado quedas desde o início da vigência do Programa comporta igualmente algum risco para a execução do OE2013”, acrescenta.

 A instituição liderada por Carlos Costa divulgou novas previsões que apontam para uma recessão de 1,6% em 2013, contrariando as expetativas do Governo. O banco diz ainda que o défice orçamental de 2012, sem medidas temporárias, será de 6,2% do PIB, mais 0,2 pontos percentuais acima do esperado pelo Governo 

 Por outro lado, o Banco de Portugal reviu as suas projeções para o crescimento económico do próximo ano e antecipa agora uma recessão na ordem dos 1,6%, contrariando a projeção do Governo que prevê uma queda de 1%. 

As previsões do Banco de Portugal contrariam também as previsões do Governo incluídas na proposta de Orçamento do Estado para 2013 onde se estima uma recessão de apenas 1%. Segundo o Banco de Portugal, a recessão prevista para o próximo ano é pressionada em especial por uma revisão significativa das perspetivas para a procura interna, onde antes se estimava uma queda de 1,4%, e o banco central antecipa agora uma queda de 4,5%.

* Um paradoxo, tantos iluminados no governo e não acertam um das dezenas de objectivos que traçaram, entretanto vão dizimando as famílias portuguesas como predadores enviados pelos donos do dinheiro.

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