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"JORNAL DE NOTÍCIAS"
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Governo não desiste de medidas
para a competitividade e emprego,
diz Passos Coelho
O primeiro-ministro
anunciou, esta segunda-feira, que o Governo procurará um consenso
alargado em torno de medidas para promover a competitividade das
empresas e o emprego, mas, se isso não for possível, não desistirá
delas.
"O Governo comprometeu-se em explorar, nos próximos
dias, com os parceiros sociais, medidas que possam de alguma forma
apresentar-se como favoráveis ao combate ao desemprego e à melhoria da
competitividade das empresas", declarou Pedro Passos Coelho aos
jornalistas, à saída de uma reunião da Comissão Permanente de
Concertação Social, em Lisboa.
Segundo o primeiro-ministro, "não
foi claro que existisse entre os parceiros sociais um consenso quanto à
melhor solução a adotar nesta matéria", havendo "quem pense que uma
descida seletiva da Taxa Social Única (TSU) possa ser uma resposta" e
"quem entenda que a descida da TSU não é em qualquer circunstância,
financiada por que via for, a melhor solução".
O
primeiro-ministro acrescentou que o ministro da Economia, Álvaro Santos
Pereira, vai procurar, nos próximos dias, "encontrar com os parceiros
sociais um consenso o mais alargado possível para que o Governo possa
construir uma solução do lado do emprego e da competitividade" a incluir
no Orçamento do Estado para 2013.
Em qualquer caso, o executivo
não prescindirá de agir nesta matéria, avisou: "O Governo,
independentemente de existir um maior ou um menor consenso nesta
matéria, não deixará de ponderar algumas medidas que levem mais longe
aquelas que já tem vindo a adotar, nomeadamente quanto ao desemprego
mais jovem".
Passos Coelho referiu que o Governo já avançou com
estágios para jovens isentos de contribuições para a Segurança Social e
rematou: "Medidas desta natureza, que possam ser desenvolvidas não
estritamente no setor público, mas a pensar no setor privado, serão
construídas pelo Governo".
Segundo o primeiro-ministro, "medidas
sobre a competitividade e o emprego terão de ser procuradas, mas nunca
terão o impacto tão relevante quanto uma medida de desvalorização fiscal
como aquela que estava desenhada permitiria": uma descida de 23,75 para
18 por cento da TSU paga pelas empresas, compensada por um aumento de
11 para 18 por cento das contribuições dos trabalhadores.
DÃO-SE |
"Não
havendo condições para prosseguir o financiamento que estava previsto
através do trabalho, julgo que a sobrecarga do lado dos impostos diretos
e de outros impostos para fazer o financiamento de uma medida com essa
amplitude traduziriam inequivocamente uma contração da procura superior
àquela que qualquer pessoa em Portugal ou fora de Portugal desejaria
para ver bem-sucedido o processo de ajustamento", justificou.
De
acordo com Passos Coelho, "a medida de desvalorização fiscal esteve
prevista desde o início", mas só "pode ser financiada de três maneiras:
ou através diretamente do trabalho, ou através do consumo, que é uma
parte mais alargada, ou através de outros impostos que saiam de
transferências do Orçamento do Estado para a Segurança Social", tendo o
Governo entendido já no ano passado não haver margem para a financiar
através do IVA.
* O governo está a testar até onde vai a sua capacidade de aldrabar...
.
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