19/07/2012

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HOJE NO
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Despedimentos colectivos duplicam
 para quase 4200 trabalhadores 
no primeiro semestre 

No primeiro semestre deste ano, 478 empresas recorreram ao despedimento coletivo, eliminando 4.191 postos de trabalho, um aumento de 92,3 por cento face ao período homólogo, segundo dados da Direcção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT).
O número de trabalhadores despedidos entre janeiro e junho de 2011 quase duplicou face ao mesmo período do ano passado. No primeiro semestre de 2011 foram 261 as empresas que recorreram a este processo de despedimento e o número de postos de trabalho extintos fixou-se nos 2.179.
Os números divulgados na quarta-feira pela DGERT revelam também que o número de empresas que apresentou junto do Ministério da Economia e Emprego um pedido para realizar despedimentos coletivos (e já concluído) subiu 83,1 por cento entre janeiro e junho deste ano, passando das 261 (no primeiro semestre de 2011) para 478 até junho.

 Só no mês de junho, foram despedidos 918 trabalhadores e recorreram a este processo de despedimento mais de 90 empresas.
Numa análise por regiões, o Norte do país é aquela que regista um maior número de empresas que recorrer a esta modalidade (204), seguindo-se Lisboa e Vale do Tejo (190) e o Centro (58).
Ainda de acordo com a DGERT, entre janeiro e junho, 568 empresas iniciaram o processo para despedimento coletivo de 5.912 trabalhadores, num universo de 39.296, um processo que está ainda por concluir.
No processo de despedimento coletivo, a empresa entra com um pedido inicial junto do Ministério da Economia e Emprego, manifestando a sua intenção e o número de trabalhadores abrangidos pela ação.
Segue-se uma fase de negociação entre a empresa, os representantes dos trabalhadores e os serviços do Ministério, onde se tentam soluções, nomeadamente de reconversão, e negociações compensatórias.

Finalmente, a entidade empregadora comunica a decisão definitiva de despedimento e entrega um mapa final aos serviços do Ministério onde consta o número de trabalhadores efetivamente dispensados e o processo dá-se por concluído.
No conjunto do ano passado, recorreram ao despedimento coletivo um total de 641 empresas, tendo sido despedidos 6.526 trabalhadores.

*  Esta a verdade dos números, a vida cruel a que este governo nos propõe.

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