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MOGADOURO
DISTRITO DE BRAGANÇA
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Mogadouro é uma vila portuguesa, pertencente ao Distrito de Bragança, Região Norte e sub-região do Alto Trás-os-Montes, com cerca de 3 500 habitantes.
É sede de um município com 757,98 km² de área e 9 542 habitantes (2011), subdividido em 28 freguesias.
O município é limitado a norte pelos municípios de Macedo de Cavaleiros e de Vimioso, a nordeste por Miranda do Douro, a sueste pela Espanha, a sul por Freixo de Espada à Cinta e por Torre de Moncorvo e a oeste por Alfândega da Fé.
O concelho recebeu foral de D. Afonso III em 27 de Dezembro de 1272.
Nesta região, além do português, fala-se sua própria língua: a língua mirandesa.
LOCALIZAÇÃO
No Nordeste do território nacional, integrado no distrito de Bragança, o concelho de Mogadouro faz fronteira com Espanha ao longo do rio Douro.
Encaixado entre o vale profundo do Douro e a bacia do Sabor, ocupa o prolongamento do Planalto Mirandês que, por sua vez, dá seguimento ao Planalto Leonês (região de Zamora e Salamanca). Paisagem Em toda a zona mais próxima do rio Douro alternam-se os grauvaques e os granitos, apresentando-se estes, ora em grandes blocos, ora sob a forma de areão proveniente da sua desagregação.
IGREJA MATRIZ |
Encaixado entre o vale profundo do Douro e a bacia do Sabor, ocupa o prolongamento do Planalto Mirandês que, por sua vez, dá seguimento ao Planalto Leonês (região de Zamora e Salamanca). Paisagem Em toda a zona mais próxima do rio Douro alternam-se os grauvaques e os granitos, apresentando-se estes, ora em grandes blocos, ora sob a forma de areão proveniente da sua desagregação.
O relevo, é constituído por uma sucessão de colinas onde predominam os xistos grauváquicos interrompidos por alguns afloramentos quartzíticos, que se elevam na paisagem formando serras. Já a Sul abundam os xistos pardos, que também são dominantes na bacia do Sabor. Estes solos, e as características do clima, proporcionam um coberto vegetal abundante e diversificado, que atribui à paisagem um manto de belíssimas colorações que se alteram com as estações do ano.
CLIMA
Os Invernos são, aqui, relativamente rigorosos, sobretudo na zona central do concelho, mais sujeita aos ventos do que as zonas protegidas do vale do Douro e da Bacia do Sabor. As zonas mais elevadas, a Sul e Sudoeste, sujeitas a alguma influência atlântica, são mais húmidas, razão porque se encontra a Sul o castanheiro e a Sudoeste o carvalho cerquinho.
O verão, relativamente curto, surge quente e seco. A primavera e o Outono, frescos e bem demarcados, emprestam à paisagem a beleza das cores matizadas dos matos floridos de branco, amarelo e violáceo ou das folhosas outonais em tons de cobre e ferrugem. Na riqueza do coberto vegetal, é bem patente, ao longo de todo o ano, o cruzamento dso climas continental e mediterrânico, com alguma influência atlântica.
POPULAÇÃO
Neste contexto de diversidade e beleza paisagística vive uma população eminentemente rural, cujas principais actividades são a agricultura e a pecuária. Aqui cultiva-se o olival, a vinha, o trigo e algum centeio, as hortas junto às linhas de água e a castanha mais para o Sul.
Gentílico | Mogadourense |
Área | 757,98 km² |
População | 9 542 hab. (2011[1]) |
Densidade populacional | 12,59 hab./km² |
N.º de freguesias | 28 |
Presidente da Câmara Municipal |
Não disponível |
Fundação do município (ou foral) |
27 de Dezembro de 1272 |
Região (NUTS II) | Norte |
Sub-região (NUTS III) | Alto Trás-os-Montes |
Distrito | Bragança |
Antiga província | Trás-os-Montes e Alto Douro |
Orago | São Mamede |
Feriado municipal | 15 de Outubro |
Código postal | 5200 |
Endereço dos Paços do Concelho |
Não disponível |
Sítio oficial | www.cm-mogadouro.pt |
Na pecuária, o destaque vai para o gado bovino, actualmente sobretudo na produção de leite. Quanto à carne, salientamos a qualidade do gado Mirandês que deu origem, na gastronomia, à já célebre Posta Mirandesa. Para além do gado bovino, os caprinos e os ovinos assumem, também, neste concelho, uma relativa importância nas economias familiares, produzindo carne, lã e leite. Da origem remota desta população laboriosa, conhecem-se vestígios arqueológicos que nos fazem recuar até ao Neolítico.
Quanto à história mais recente deste concelho, não podemos deixar de lembrar a importância do papel desempenhado pelas praças fortes de Mogadouro e Penas Roías na defesa da fronteira contra as invasões castelhanas, tendo constituído, por isso, e dada a sua localização, um apoio precioso na formação a nossa nacionalidade.
Concelho eminentemente rural, de uma beleza agreste e doce, povoado de gente sã, afável e laboriosa, herdeira de um carácter nobre e de uma história rica e antiga, assim poderíamos caracterizar este pedaço do território nacional.
SITUAÇÃO
SERRA DA CASTANHEIRA |
Situado no Nordeste Transmontano, no Planalto Mirandês, entre os Rios Douro e Sabor.
Limitado pelos concelhos de Vimioso, Miranda do Douro, Alfândega da Fé, Torre de Moncorvo, e Freixo de Espada à Cinta e pelos Ayuntamientos ribeirinhos do Douro, de Salamanca e Zamora.
Concelho extenso, 756 Km2, com 28 freguesias, 56 povoações, com 11350 habitantes.
Altura máxima de 992m na Serra da Castanheira, e uma altitude média de 700m. Dista 85 Km da capital de distrito - Bragança.
HISTÓRIA
O Concelho de Mogadouro apresenta um povoamento antigo que pode ser recuado aos tempos pré-históricos. A documentar essa ocupação estão os povoados do Barrocal/Alto e do Cunho, os monumentos megalitcos de Pena Mosqueira, Sanhoane, Barreiro, Modorra, a arte rupestre da Fraga da Letra, em Penas Roias, e outros achados dispersos que encontramos na Sala Museu de Arqueologia da Vila.
FRAGA DA LETRA |
D. Afonso III concedeu-lhe o primeiro foral em 1272, renovou-o no ano seguinte. Em 1512, D. Manuel outorgou-lhe foral de novo. Em 20 de Novembro de 1433, a Vila de Mogadouro é doada a Álvaro Pires de Távora passando a estar desde então, associada à familia dos Távoras. Os Távoras iniciaram uma ascensão notável e, alcançando o titulo de Marqueses, assumiram um papel importante e einfluente na região
Quanto à origem do nome Mogadouro, pondo de parte algumas teorias fantasiosas ou menos credíveis (como por exemplo, a origem muçulmana do seu nome), concordamos plenamente com o Sr. Professor Adriano Vasco Rodrigues, que escreveu o seguinte: "A Reconquista prossegue atingindo a máxima expansão territorial daquele reino das Astúrias com Afonso III, o Magno. Reinou 43 anos, tendo, desde 870, desencadeado uma série de campanhas.
Chegou com as suas tropas a Coimbra e a Mérida, a antiga capital da Lusitânia. A ele se deve a fortificação e organização militar da linha do Douro à base de castelos, tornando este rio fronteira estratégica e não fronteira política. Para oriente, a difusão dos castelos deu origem a Castela, a terra dos castelos...Este é o melhor testemunho do já unificado reino astur leonês. Ao mesmo tempo que D. Afonso III efectuava incursões nas terras dos Mouros, repovoava o território e organizava a sua defesa. Restaurou Orense e outros povoados vizinhos de León.
Repovoou parte do Minho, no actual bispado de Braga (Galiza Bracarense), e restabeleceu as sedes de bispados como as de Chaves, Braga e Porto. Porém, a grande obra político militar e estratégica de Afonso III foi a fortificação ao norte do Douro, aproveitando as defesas naturais, de modo a quebrar as incursões para Norte. Fortificou Zamora de raiz, levantando outros castelos nos chamados campos góticos, cujo repovoamento iniciou em 893. Toro e Simancas surgiram então. Deve datar desta altura o aproveitamento de Mogadouro como ponto estratégico e construção da primeira fortaleza, reedificada mais tarde. A toponímia é esclarecedora. Mógo significa marco implantado, ou considerado simbolicamente como separação ou divisão de um território. Tem o mesmo significado que moiom, ou linde, que é uma baliza para demarcar uma área.
O termo foi importado da linguagem popular. O marco do Douro, o Mogadouro, terá nascido assim. Como judiciosamente esclarece Rosa de Viterbo, no Elucidário, no seu tempo, isto é, no século XVIII, ainda nesta região de Trás os Montes a palavra mógo se ligava a marco de separação dos terrenos, sendo frequente o uso deste vocábulo em Ansiães."15) Mogadouro significará, portanto, o marco ou limite do Douro.
É muito difícil trabalhar sobre a história do concelho de Mogadouro, uma vez que o seu arquivo ardeu por duas vezes. O arquivo municipal, que estava instalado no edifício do Convento de S. Francisco (Câmara Municipal de Mogadouro), ardeu por duas vezes, uma em 1881 e outra em 1927. Após a extinção das ordens monásticas pelos governos liberais, este convento passou a albergar várias repartições públicas, entre elas, a Câmara Municipal.
O termo foi importado da linguagem popular. O marco do Douro, o Mogadouro, terá nascido assim. Como judiciosamente esclarece Rosa de Viterbo, no Elucidário, no seu tempo, isto é, no século XVIII, ainda nesta região de Trás os Montes a palavra mógo se ligava a marco de separação dos terrenos, sendo frequente o uso deste vocábulo em Ansiães."15) Mogadouro significará, portanto, o marco ou limite do Douro.
CONVENTO DE S. FRANCISCO |
ARQUEOLOGIA
Os testemunhos mais antigos, que a arqueologia descobriu, datam do século IV antes de Cristo (Neolítico). Do Paleolítico, nada se encontrou, por enquanto. Estes vestígios do Neolítico, foram encontrados numa mamoa em Pena Mosqueira, aldeia de Sanhoane, e outra no Barreiro, aldeia de Vilar do Rei.
Como não somos especialista em arqueologia, vamos, neste aspecto, seguir o que nos diz o Dr. Domingos Marcos e o texto de Rui Cunha e Maria João Cunha, na sua já citada obra: "Do período Calcolítico, transição do Neolítico para a Idade dos Metais, ou do Bronze Final, parecem ser as pinturas rupestres da Fraga da Letra, junto ao castelo de Penas Róias. Da Idade do Ferro, época conturbada, conforme se constata pela edificação de vários castros em locais estratégicos de difícil acesso, por vezes em escarpas sobre o Douro, o Sabor ou o Angueira (castros de Algosinho, Vilarinho dos Galegos e Bruçó), pouco se conhece sobre a região, devido à falta de trabalhos de investigação profundos e sistematizados levados a cabo neste concelho, penalizado pela sua interioridade e pela distância dos centros universitários.
A partir do I milénio a.c. começaram a chegar à Península Ibérica diversos povos provenientes do centro da Europa, pertencendo, provavelmente parte deles, ao grande ramo dos Celtas. Um povo mencionado por Estrabão e também referido em aras votivas encontradas em Castro de Avelãs (Bragança), os Zoelas ou Zoelae que, segundo vários autores, se estenderiam desde as serras da Nogueira, Sanábria e Culebra até, pelo menos, aos montes de Mogadouro, era portador de elementos de cultura singular que trouxe até nós estelas funerárias frequentemente decoradas com suásticas circulares, simbolizando o sol, mas também com motivos zoomórficos como o porco e o veado.
Não se sabe se os Zoelas fariam parte destes povos invasores, de origem centro europeia, eventualmente céltica, ou se fariam parte de povos autóctones peninsulares como os Ástures Augustanos, considerados por alguns autores "um dos mais antigos substratos étnicos da Península". Entre o espólio deste período encontramos um curiosíssimo conjunto de peças, gravadas e esculpidas num tipo de pedra inexistente na região, semelhante a "pedra de sabão", das quais duas esculturas representam cavalos. Terão estas últimas alguma relação com os Equaesi (Equu, do latim, com o sentido de cavalo)? Seria o cavalo o seu elemento totémico? Também não deixa de ser curioso que Boch Gimpera localize os Equaesi entre a serra de Bornes e os cimos de Mogadouro, se pensarmos que estas peças foram encontradas em Castro Vicente, na margem direita do Sabor, supostamente em pleno território dos Equaesi.
Estas e outras interrogações aguardam respostas que venham trazer luz àevidente importância do passado arqueológico do concelho de Mogadouro. Posteriormente, a ocupação romana traz modificações significativas ao fácies da paisagem e àorganização social e administrativa. Senhores de uma técnica agrícola mais evoluída, e com um sistema produtivo desenvolvido a uma escala de mercado, promoveram o arroteamento dos campos para permitir a cerealicultura extensiva, fixaram se em estruturas construtivas organizadas vilae , teriam, provavelmente, fortificado infraestruturas já existentes, como terá sido o caso do castelo de Penas Roias, conforme achados encontrados pelo arqueólogo Domingos dos Santos Marcos, romperam estradas que ligaram a região de Mogadouro à Capital do Conventus, Asturica Augusta (actual Astorga), capital da província da Hispania Citerior, à qual pertencia o território do actual concelho de Mogadouro. Salientamos, de entre o espólio desta época, a estela funerária de Sanhoane e o curiosíssimo altar votivo de Saldanha. Posteriores à queda do Império Romano do Ocidente (século V d.C.), contituem testemunhos dos novos invasores, provavelmente Suevos ou Visigodos, as necrópoles medievais de Algosinho e Urrós, com os seu túmulos antropomórficos".
Da Proto História, registam se os inúmeros povoados fortificados alcantilados sobre as arribas dos rios Douro e Sabor. O Dr. Hermínio Augusto Bernardo, no seu estudo, "Povoados Castrejos Portugueses e Espanhóis da Bacia do Douro Internacional", enumera alguns castros, no concelho de Mogadouro, dos quais destacamos: Castelo dos Mouros (Bruçó);
Castelo dos Mouros (Vilarinho dos Galegos); em Peredo de Bemposta; Castelo, presumivelmente um castro (Bemposta); Castelo de Oleiros (Urrós); Cerca e Casarelhos, Picão da Bouça d'Aires (Urrós). No castro romanizado de Picão da Bouça d'Aires (Urrós), existe um santuário rupestre chamado "Altarico". Estes não são todos os castros que existem no concelho de Mogadouro, existem muitos mais espalhados pelo concelho, como por exemplo, o castelo da vila de Mogadouro está assente sobre um castro. Grande parte deles foram romanizados. "Durante a época romana, o Planalto Mirandês, incluindo a área de Mogadouro, esteve integrado na província da Hispânia Citerior, no chamado Conventus Asturicensis, um dos três «distritos» em que foi dividido o Noroeste Peninsular. A capital do Conventus, Asturica Augusta (actual Astorga) ligava se a este território por uma via secundária que cruzava o planalto, de Norte a Sul, onde é conhecida por Estrada Mourisca, ou Carril.
A esta via estariam ligados por caminhos vicinais os numerosos sítios romanos, dispersos ao longo dos melhores terrenos para cultivo de cereais e para pastagens. A par destes novos polos de povoamento, mantiveram se em actividade parte dos antigos povoados fortificados. No entanto, mau grado as alterações do povoamento, manteve se a originalidade cultural deste espaço, revelada pelo estilo próprio das estelas funerárias, com elementos decorativos muito característicos, e pela ocorrência frequente dos chamados berrões".
É de registar, desta época, o berrão de Vila dos Sinos (perto da aldeia de Vilarinho dos Galegos). Na Idade Média, temos de destacar o papel dos castelos de Mogadouro e Penas Róias (ambos do século XII), na linha de defesa da nossa fronteira, contra Castilla y León.
ESTELA |
Como não somos especialista em arqueologia, vamos, neste aspecto, seguir o que nos diz o Dr. Domingos Marcos e o texto de Rui Cunha e Maria João Cunha, na sua já citada obra: "Do período Calcolítico, transição do Neolítico para a Idade dos Metais, ou do Bronze Final, parecem ser as pinturas rupestres da Fraga da Letra, junto ao castelo de Penas Róias. Da Idade do Ferro, época conturbada, conforme se constata pela edificação de vários castros em locais estratégicos de difícil acesso, por vezes em escarpas sobre o Douro, o Sabor ou o Angueira (castros de Algosinho, Vilarinho dos Galegos e Bruçó), pouco se conhece sobre a região, devido à falta de trabalhos de investigação profundos e sistematizados levados a cabo neste concelho, penalizado pela sua interioridade e pela distância dos centros universitários.
ALGOSINHO |
Não se sabe se os Zoelas fariam parte destes povos invasores, de origem centro europeia, eventualmente céltica, ou se fariam parte de povos autóctones peninsulares como os Ástures Augustanos, considerados por alguns autores "um dos mais antigos substratos étnicos da Península". Entre o espólio deste período encontramos um curiosíssimo conjunto de peças, gravadas e esculpidas num tipo de pedra inexistente na região, semelhante a "pedra de sabão", das quais duas esculturas representam cavalos. Terão estas últimas alguma relação com os Equaesi (Equu, do latim, com o sentido de cavalo)? Seria o cavalo o seu elemento totémico? Também não deixa de ser curioso que Boch Gimpera localize os Equaesi entre a serra de Bornes e os cimos de Mogadouro, se pensarmos que estas peças foram encontradas em Castro Vicente, na margem direita do Sabor, supostamente em pleno território dos Equaesi.
Estas e outras interrogações aguardam respostas que venham trazer luz àevidente importância do passado arqueológico do concelho de Mogadouro. Posteriormente, a ocupação romana traz modificações significativas ao fácies da paisagem e àorganização social e administrativa. Senhores de uma técnica agrícola mais evoluída, e com um sistema produtivo desenvolvido a uma escala de mercado, promoveram o arroteamento dos campos para permitir a cerealicultura extensiva, fixaram se em estruturas construtivas organizadas vilae , teriam, provavelmente, fortificado infraestruturas já existentes, como terá sido o caso do castelo de Penas Roias, conforme achados encontrados pelo arqueólogo Domingos dos Santos Marcos, romperam estradas que ligaram a região de Mogadouro à Capital do Conventus, Asturica Augusta (actual Astorga), capital da província da Hispania Citerior, à qual pertencia o território do actual concelho de Mogadouro. Salientamos, de entre o espólio desta época, a estela funerária de Sanhoane e o curiosíssimo altar votivo de Saldanha. Posteriores à queda do Império Romano do Ocidente (século V d.C.), contituem testemunhos dos novos invasores, provavelmente Suevos ou Visigodos, as necrópoles medievais de Algosinho e Urrós, com os seu túmulos antropomórficos".
URRÓS |
Da Proto História, registam se os inúmeros povoados fortificados alcantilados sobre as arribas dos rios Douro e Sabor. O Dr. Hermínio Augusto Bernardo, no seu estudo, "Povoados Castrejos Portugueses e Espanhóis da Bacia do Douro Internacional", enumera alguns castros, no concelho de Mogadouro, dos quais destacamos: Castelo dos Mouros (Bruçó);
Castelo dos Mouros (Vilarinho dos Galegos); em Peredo de Bemposta; Castelo, presumivelmente um castro (Bemposta); Castelo de Oleiros (Urrós); Cerca e Casarelhos, Picão da Bouça d'Aires (Urrós). No castro romanizado de Picão da Bouça d'Aires (Urrós), existe um santuário rupestre chamado "Altarico". Estes não são todos os castros que existem no concelho de Mogadouro, existem muitos mais espalhados pelo concelho, como por exemplo, o castelo da vila de Mogadouro está assente sobre um castro. Grande parte deles foram romanizados. "Durante a época romana, o Planalto Mirandês, incluindo a área de Mogadouro, esteve integrado na província da Hispânia Citerior, no chamado Conventus Asturicensis, um dos três «distritos» em que foi dividido o Noroeste Peninsular. A capital do Conventus, Asturica Augusta (actual Astorga) ligava se a este território por uma via secundária que cruzava o planalto, de Norte a Sul, onde é conhecida por Estrada Mourisca, ou Carril.
ASTORGA |
É de registar, desta época, o berrão de Vila dos Sinos (perto da aldeia de Vilarinho dos Galegos). Na Idade Média, temos de destacar o papel dos castelos de Mogadouro e Penas Róias (ambos do século XII), na linha de defesa da nossa fronteira, contra Castilla y León.
António Pimenta de Castro Licenciado em História e Docente do Ensino Secundário na Escola Dr. Ramiro Salgado (Torre de Moncorvo), Mogadouro 2002
IN- "http://concelhos.dodouro.com/jornal/mogadouro.asp"
1- Classificação do Monóptero de S. Gonçalo
2- E. Arqueológicas - Vilarinho dos Galegos
3- Escavações - Castro de Vilarinho Galegos
4- Castro de Vilarinho dos Galegos
5- Igreja da Misericórdia de Mogadouro
6- Igreja Paroquial de Tó
7- O Abrigo da Fraga da Letra
8- Povoado do Cunho
9- Necrópole de Santo André
10- Capela do Santo Cristo
* Consulte o site do município de Mogadouro
MONUMENTOS (alguns)
Castelo de Mogadouro
O castelo de Mogadouro foi concedido em 1297 pelo rei Dom Dinis à Ordem dos Templários e, alguns anos mais tarde, em 1319, passou para a Ordem de Cristo, sucessora daquela. Hoje conservam-se apenas dois panos de muralhas, uma isolada torre de faces retangulares e alguns escassos restos de muros escalavrados.
O castelo de Mogadouro foi concedido em 1297 pelo rei Dom Dinis à Ordem dos Templários e, alguns anos mais tarde, em 1319, passou para a Ordem de Cristo, sucessora daquela. Hoje conservam-se apenas dois panos de muralhas, uma isolada torre de faces retangulares e alguns escassos restos de muros escalavrados.
Igreja de Santa Maria
Trata-se de um templo gótico com traça românica, cuja fundação é atribuída aos templários, de planta longitudinal, composto por uma nave única e um alpendre no lado do evangelho, onde se destaca a porta românica no alçado oposto. Realce para a enorme diversidade de motivos da cachorrada e para o enquadramento central do campanário com três ventanas.
Povoado não fortificado do qual não existe muita informação, apesar de ter suscitado diversas lendas.
Palácio dos Pimentéis
Construção do século XVIII a apresentar, no primeiro andar, janelões elegantes com esquadrias de granito. No centro da fachada encontra-se o brasão. Merecem referência dois altos pináculos, também de granito, que se erguem nos extremos da fachada.
Torre do Relógio
Torre localizada perto do Castelo de Mogadouro, estando dividida em três registos, um deles preparado para receber sinos. Apresenta um remate piramidal e, nos quatro cantos, pináculos de granito.
Torre localizada perto do Castelo de Mogadouro, estando dividida em três registos, um deles preparado para receber sinos. Apresenta um remate piramidal e, nos quatro cantos, pináculos de granito.
Ponte de Remondes
Ponte de tabuleiro horizontal assente sobre cinco arcos de volta redonda. Apresenta, entre os arcos, contrafortes com talha-mares e talhantes triangulares. Atualmente, tem circulação automóvel.
Ponte de tabuleiro horizontal assente sobre cinco arcos de volta redonda. Apresenta, entre os arcos, contrafortes com talha-mares e talhantes triangulares. Atualmente, tem circulação automóvel.
MUSEU
Este museu é composto por peças arqueológicas encontradas no concelho, resultado de escavações arqueológicas e do espólio de superfície, sendo que, algumas delas, são raras quer a nível nacional quer a nível peninsular.
Economia
Concelho cuja economia assenta na agropecuária. A agricultura de jardim complementa os rendimentos de muitas familias. O sector leiteiro com produções diárias superiores a 100.000 litros é um esteio de economia do concelho. O azeite do vale do Sabor, as uvas do vale do Douro, a cortiça, a lã, o mel, os enchidos, a carne mirandesa certificada e outros fazem a riqueza do concelho de Mogadouro.
GASTRONOMIA
A gastronomia do concelho de Mogadouro é em tudo semelhante à restante do Planalto Mirandês. Caracteriza-se, quer pela elevada qualidade dos produtos que utiliza, quer pela relativa simplicidade dos processos de elaboração.
Assenta essencialmente na Posta (vitela de raça mirandesa, assada na brasa), marrã (carne de porco fresca assada na brasa), cascas (vagens de feijão secas cozidas com bulho), bulho (chouriço com ossos), presunto, alheiras com grelos, e outros enchidos de carne de porco (fumeiro), chichos (lombo de porco em sursa assado na brasa), estufado de javali, cabrito assado, costeletas de borrego grelhadas, caça, peixinhos do rio de escabeche, sopas de Xis e de Cegada, queijos de ovelha, mel e “Folar de Páscoa” – pão de ovos recheado com rodelas de enchidos (fumeiro).
De entre os pratos típicos salientam-se a conhecida posta mirandesa (carne de vitela assada na brasa) que pode ser encontrada nos principais restaurantes do concelho; bulho com cascas e a feijoada à transmontana. Mas a memória da cozinha tradicional, continua presente, mesmo na restauração mais urbanizada e, sobretudo, nas mãos hábeis das donas de casa de tantas aldeias do concelho.
Assenta essencialmente na Posta (vitela de raça mirandesa, assada na brasa), marrã (carne de porco fresca assada na brasa), cascas (vagens de feijão secas cozidas com bulho), bulho (chouriço com ossos), presunto, alheiras com grelos, e outros enchidos de carne de porco (fumeiro), chichos (lombo de porco em sursa assado na brasa), estufado de javali, cabrito assado, costeletas de borrego grelhadas, caça, peixinhos do rio de escabeche, sopas de Xis e de Cegada, queijos de ovelha, mel e “Folar de Páscoa” – pão de ovos recheado com rodelas de enchidos (fumeiro).
BULHO COM CASCAS |
De entre os pratos típicos salientam-se a conhecida posta mirandesa (carne de vitela assada na brasa) que pode ser encontrada nos principais restaurantes do concelho; bulho com cascas e a feijoada à transmontana. Mas a memória da cozinha tradicional, continua presente, mesmo na restauração mais urbanizada e, sobretudo, nas mãos hábeis das donas de casa de tantas aldeias do concelho.
AR LIVRE
Miradouro com uma das mais belas vistas de Portugal! Daqui poderá observar o rio Douro correndo por entre os montes verdejantes, estando do outro lado a vizinha Espanha.
IN
- WIKIPEDIA
- SITE DO MUNICÍPIO
- http://www.igogo.pt
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