24/05/2012


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HOJE NO


"JORNAL DE NOTÍCIAS/
DINHEIRO VIVO"


Água
Há municípios que cobram 21 vezes 
mais do que o vizinho

Entre Mondim de Basto e Paços de Ferreira, a diferença do preço pelo consumo de 120 metros cúbicos de água ascende a 175,44 euros. As regras de cálculo usadas por cada município, assim como a existência de mais ou menos tarifas fixas e variáveis explicam estas oscilações nas faturas, segundo uma análise efetuada pela Deco Proteste.
 As tarifas da água em vigor em 2012 podem ser 21 vezes mais altas num município do que no vizinho. Esta diversidade de preços é para a Deco inadmissível, tendo em conta que está em causa um bem essencial. A dificuldade que os consumidores têm em saber o que estão exatamente a pagar e de que forma se chega ao valor que lhes é cobrado leva também esta associação de defesa do consumidor a exigir que as entidades responsáveis pela emissão da fatura justifiquem e divulguem as taxas cobradas.

Esta semana a ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território voltou a referir a necessidade de avançar com privatizações e também de se fazerem aumentos de preços nos municípios em que o valor faturado é mais baixo. Se isto não acontecer, diz Assunção Cristas, há mesmo o risco de colapso do setor.

Manifestando-se contra a privatização do Grupo Águas de Portugal, a Deco defende o esquema tarifário progressivo por blocos, uma vez que desta forma de incentiva o uso racinál da água e a redução de desperdícios, ao mesmo tempo que se assegura o acesso universal a este bem. Para esta associação é igualmente necessário aplicar de forma generalizada a tarifa social.

A Deco exige ainda que a fatura da água inclua apenas os custos da disponibilização do serviço.


 * Não há responsáveis para esta roubalheira nem a tutela tem capacidade para lhe pôr cobro.

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