24/05/2012


  FLUVIÁRIO
            DE 
                MORA

O Fluviário de Mora situa-se na freguesia de Cabeção, concelho de Mora, junto ao Parque Ecológico do Gameiro, a 120 km de Lisboa por estrada. 

 Constituído por um conjunto de aquários e espaços envolventes, o Fluviário permite observar as diferentes espécies animais e vegetais que vivem em rios. Isto é conseguido através de uma exposição de habitats naturais, aquáticos e terrestres, num percurso entre a nascente e a foz de um rio. Possui mais de meio milhar de peixes de 55 espécies diferentes.

O Sonho do Fluviário 
O Sonho do Fluviário nasceu no dia 11 de Fevereiro de 2001. Seis anos depois, e apenas três após o projecto, o Fluviário de Mora (FLU), o primeiro grande aquário de água doce da Europa, é inaugurado no Dia da Água no primeiro dia da Primavera. A 21 de Março de 2007 cumpria-se o sonho. A concretização do Fluviário de Mora visou a criação de um equipamento único em Portugal, de natureza científica, cultural e de lazer que, recriando o universo aquático, consolidasse uma vertente educativa e ambiental. 

O conjunto das exposições, visualizadas através de modelos vivos e dinâmicos é uma mais valia na apreensão de amplos e abrangentes conhecimentos relacionados com a percepção da importância da biodiversidade e da riqueza ecológica associada, dos programas de conservação da natureza. Como pólo de desenvolvimento local, o FLU permitiu valorizar o Concelho através da criação de novos empregos directos e indirectos, contribuindo para a diminuição das assimetrias regionais e dinamizando a economia local.

ARQUITECTURA 
Evocando os celeiros rurais do distrito de Évora, no Alentejo, este edifício foi pensado como um volume compacto e monolítico, protegido do sol por um conjunto de finos pórticos equidistantes em pré-fabricados de betão branco com vãos de 33 metros. 


No interior, este pequeno hangar alberga um complexo santuário de água em constante movimento através de diferentes habitats de água doce. Este projecto foi desenvolvido em colaboração com a empresa Cosestudi de Boston, especializada em arquitectura e biologia marinha, gabinete com o qual o Promontório tem desenvolvido parcerias em diversas propostas internacionais para aquários. A obra, que custou mais de seis milhões de euros, foi inaugurado em Março de 2007 e atingiu no início de Agosto desse mesmo ano a marca de 100 mil visitantes. O projecto do Fluviário foi candidato ao Prémio Mies van der Rohe 2007, o mais importante galardão da arquitectura europeia. 

EXPOSIÇÕES 

PERCURSO DE UM RIO 
É o local de início da descoberta pelos Habitats de água doce. 
Ao longo do curso de um rio - paradigma do rio ibérico - da nascente à foz, poderão ficar a conhecer espécies como o esturjão, já desaparecido dos nossos rios, e como o pequeno saramugo, que necessita da atenção urgente do Homem.
ESTURJÃO

Poderão também descobrir que todas estas espécies, independentemente do seu tamanho, beleza ou timidez, são todas necessárias ao equilíbrio dos ecossistemas.



LONTRAS
São estas Lontras, de água doce, que nos fascinam com a sua vivacidade, brincadeiras, e vontade de comunicar connosco com os seus "guinchos". E depois de muitas brincadeiras não há como uma boa soneca no ninho confortável ou simplesmente preguiçar um pouco ao sol. 

PERCURSO DO LAGO 
Um lago de águas castanhas, verdadeiro para com a natureza do solo do Alentejo, barrento, argiloso e calcário. Nele habitam carpas, patos-bravos, cisnes-negros e cisnes-brancos. O lago convida a natureza lá fora a visitá-lo, por isso, é com alguma frequência que recebe libelinhas, aranhas, ouriços, coelhos , melros, corvos ou falcões.

SALA SARAMUGO 
O saramugo - uma das espécies mais ameaçadas de Portugal - dá o nome a esta nova sala expositiva. Além dos exemplares de saramugo, poderá ainda observar répteis, crustáceos, anfíbios, moluscos, insectos e anelídeos de espécies que ocorrem em Portugal.

HABITATS EXÓTICOS 
ANACONDA

A descoberta de algumas espécies que também vivem em ambientes de água doce, embora noutros locais do mundo, como na bacia amazónica - pirapitinga, piranha, anaconda... - ou nos grandes lagos africanos: enguia-dinossauro, peixe-gato, ciclídeos... tem lugar neste espaço expositivo.

O HOMEM E O RIO
Aprender o ciclo da água, como poupar este recurso valioso, as espécies que nela habitam, entre outros temas, é aliar a tecnologia, diversão e conhecimento.

EDUCAÇÃO 
O Programa Científico e Pedagógico do Fluviário serviu de base para a elaboração do Projecto Educativo do Fluviário - Falas do Rio, partindo das seguintes premissas: 
• O Aquário pode ser um grande Mestre, na relação entre as diferentes formas de vida; 
• Enquadramento ecológico-social das tradições locais, nomeadamente a ligação de Mora aos Rios e como centro de Pesca Desportiva; 
• Desenvolver o respeito por este vasto ecossistema partilhado, desejando atitudes sustentáveis. 

A partir destes objectivos procurámos fazer uma abordagem pedagógica respeitando os programas curriculares para os diferentes níveis de ensino. 

Tanto na Educação Ambiental como para a Cidadania, o rio e um grande aquário dedicado aos ecossistemas dulciaquícolas podem ser o seu melhor recurso educativo.

CONSERVAÇÃO 
A extraordinária importância desempenhada pelos ecossistemas aquáticos no desenvolvimento e suporte de civilizações enquanto fonte de água, alimento, transporte, defesa e energia bastaria para justificar uma visita ao Fluviário de Mora. 
 
-A riqueza de fauna e flora presente nos ecossistemas aquáticos, tanto de água doce como marinhos, são o reflexo evolutivo da capacidade de adaptação a vários habitats de características únicas. Em termos ambientais, os ecossistemas aquáticos funcionalmente intactos prestam serviços de grande valor, pois são responsáveis pela reciclagem de nutrientes, purificação da água e possuem um papel relevante relacionado com as alterações climáticas. Os impactos humanos nos rios portugueses são imensos. Desde a poluição, destruição de habitats, sobrepesca, construção de barreiras físicas (açudes e barragens), sem esquecer a introdução de espécies exóticas que competem com ou predam as espécies autóctones, e que representarão hoje, provavelmente, a maior ameaça à fauna portuguesa.


O AMBIENTE É UMA PREOCUPAÇÃO (EM CASTELHANO)

O desenvolvimento humano não pode parar. Logo, É necessário encontrar equilíbrios que não comprometam o nosso património biológico. O primeiro passo, dar a conhecer e valorizar esse valioso património, está dado. O Fluviário de Mora honra-se de assumir essa missão. A colaboração do Fluviário, e de outros parques zoológicos e aquários, com agências de conservação nacionais e internacionais, com departamentos governamentais, e com as comunidades locais, pode resultar em soluções sustentáveis a longo prazo, pois encontra-se numa localização privilegiada, em plena Rede Natura 2000, para dar a conhecer e experienciar de forma íntegra os aspectos da conservação.

IN "SITE DO FLUVIÁRIO"

NR: Visitámos o fluviário há pouco mais de um ano e ficámos estupefactos. 
No Alentejo profundo um polo científico de excelência, do melhor que se vê pelo mundo fora. 
Todo o texto que transcrevemos do site não espelha a qualidade que o visitante encontra. 
Visite e aprenda, o saber não ocupa lugar. 

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