16/05/2012

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HOJE NO

"JORNAL DE NOTÍCIAS"

Radiocirurgia não invasiva no IPO/Porto
.reduz tempo de tratamento

 O Serviço de Radioterapia do Instituto Português de Oncologia do Porto apresentou, esta quarta-feira, uma nova técnica de radiocirurgia não invasiva, pioneira na Península Ibérica, que, além de reduzir o tempo de tratamento, melhora a qualidade de vida dos doentes. 

Segundo o presidente do IPO/Porto, Laranja Pontes, "é um tratamento de vanguarda e o IPO-Porto é o único instituto da Península Ibérica a aplicar esta nova técnica". Este método permite a realização de radiocirurgia intracraniana e extracraniana, com "elevada precisão na definição do alvo a eliminar", sustentou. 

 "Comodidade, rapidez e precisão" foram também apontadas pela diretora do Serviço de Radioterapia, Helena Pereira, como as principais vantagens do novo método, a que se alia "a redução da toxicidade dos tecidos que rodeiam as lesões benignas e malignas a tratar". A responsável apontou a sua utilização nos tumores intracranianos, referindo que ao contrário do que acontece com o método convencional, "evita a utilização de uma espécie de esquadria fixada por parafusos cruentamente ao crânio do doente". "O doente tinha de esperar com aquilo na cabeça até que o plano de tratamento estivesse feito, com o incómodo de trazer aquele capacete sempre fixado. Este novo método permite fazer o trabalho com a mesma precisão ou mais e com muito maior comodidade para o doente", acrescentou. 

O denominado "Novalis T + Exactrac" permite aliar a versatilidade na alteração das características da radiação, obtida por dispositivos de alta resolução, à precisão dos sistemas de imagem, os quais permitem a verificação e a correção do posicionamento do paciente durante o tratamento, recorrendo a uma mesa robotizada. O sistema aplica uma elevada taxa de radiação e adequa exatamente os feixes de tratamento ao tamanho e forma do tumor. 

A potência aliada à precisão permite que a radiocirurgia alcance tumores em zonas profundas e inacessíveis do corpo, consideradas inoperáveis. Permite também sincronizar o tratamento com o movimento dos órgãos onde estão localizadas as lesões, como sejam os pulmões, fígado ou próstata. Um dispositivo controla os feixes de tratamento, garantindo que estes estão de acordo com as características morfológicas do tumor, em todos os ângulos de rotação do equipamento. Esta técnica está a ser usada no IPO/Porto desde dezembro de 2011, com "excelentes resultados", mas Helena Pereira salientou que a técnica só pode utilizada em "tumores muito bem selecionados", não podendo ser aplicada "em lesões superiores a três centímetros".


 * Tudo o que possa beneficiar a vida de doentes oncológicos é bem vindo.


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