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Empresa de sucata e seus parceiros lesaram Estado em 21 milhões de euros
A Polícia Judiciária e o Ministério Público concluíram um processo no qual são constituídas arguidas 47 pessoas singulares e coletivas, por alegadamente lesarem o Estado em 21 milhões de euros em receitas fiscais, pela venda de sucatas.
Em comunicado, a Diretoria Centro da PJ explica que os factos investigados incidem numa sociedade da área de Torres Novas que se dedica à recolha, separação e venda de sucatas.
Os alegados atos delituosos reportam-se à "contabilização de documentos de compra e venda fictícios, produzidos com o objetivo de falsear a informação fiscal, causando, desta forma, um elevado prejuízo ao Estado, tanto através do não pagamento de impostos, como através de reembolsos indevidos de IVA", acrescenta.
A empresa de Torres Novas comprava grandes quantidades de sucata sem fatura e, para a poder vender, recorria a faturas fictícias que adquiria a outras empresas, algumas delas sem outra atividade que não fosse essa, "a venda de faturas", explicou à Agência Lusa uma fonte ligada à investigação.
Quando revendia as sucatas, esta empresa ia deduzir o IVA aos clientes, que previamente não tinham pago, acrescentou.
"Com esta atividade delituosa, que durou cerca de três anos, os suspeitos lesaram o Estado português num montante superior a vinte milhões de euros referentes a IVA, IRS e IRC, e obtiveram reembolsos indevidos de IVA num montante superior a um milhão de euros", refere a PJ na nota hoje divulgada.
EM BUSCA DE COBRE ROUBADO |
No âmbito das investigações, desenvolvidas através da Diretoria Centro da PJ, em articulação com o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Coimbra, foram constituídas arguidas 34 pessoas singulares e 13 pessoas coletivas, indiciadas pelos crimes de fraude fiscal agravada e falsificação de documentos.
Os arguidos, de vários pontos do país, ficam a aguardar julgamento em liberdade com a medida de coação de termo de identidade e residência.
* Há mais Go(r)dinhos no país...
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