20/04/2012

.

II. S. TOMÉ E PRÍNCIPE


São Tomé e Príncipe é um estado insular localizado no Golfo da Guiné, composto por duas ilhas principais (São Tomé e Ilha do Príncipe) e várias ilhotas, num total de 1001 km², com cerca de 160 mil habitantes. 
Estado insular, não tem fronteiras terrestres, mas situa-se relativamente próximo das costas do Gabão, Guiné Equatorial, Camarões e Nigéria.

Segundo alguns estudos, as ilhas de São Tomé e Príncipe estiveram desabitadas até 1470, quando os navegadores portugueses João de Santarém e Pedro Escobar as descobriram. 
Foi então, uma colónia de Portugal desde o século XV até sua independência em 12 de julho de 1975. É um dos membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).


Clima
São Tomé e Príncipe tem um clima do tipo equatorial, quente e húmido, com temperaturas médias anuais que variam entre os 22 °C e os 30 °C. 

É um país com uma multiplicidade de microclimas, definidos, principalmente, em função da pluviosidade, da temperatura e da localização. A temperatura varia em função da altitude e do relevo.

Religião em São Tomé e Príncipe
As manifestações religiosas são imensamente complexas em São Tomé e Príncipe. Elas têm origem nos mais variados credos, pois se atendermos a gama de indivíduos de varias origens, vindos para São Tomé e Príncipe, facilmente se encontra a explicação deste facto.

Distinguem-se contudo, duas tendências religiosas acentuadas: a animista e a católica.

A primeira se funda num culto verdadeiramente fetichista. Nesta tendência não existe a concepção de Um só Deus. Deus segundo ela tanto pode ser Jehovah, como Zambi, como qualquer outro ser.

A segunda tendência, uma interpretação Cristã do mundo (catolicismo), não fez sentir tanto a sua influência nos primeiros séculos da colonização. É certo que grande parte da população não se furtava a este credo, não por o ter aceite em consciência, mas apenas por nele ver mais uma forma de evasão espiritual que bem se ajustava a sua noção de Universo.

Como para todos os Povos do mundo, a religião era para estes homens uma tentativa para a explicação dos fenómenos, que para eles tinha sempre algo de misterioso e de sobrenatural. Eis a razão porque facilmente aceitam qualquer credo sem oferecer obstáculos. O Catolicismo não os satisfazia, embora o respeitassem, daí que tivessem a necessidade de consultar os Manes e os espíritos dos mortos.

O mal e o bem são atribuídos ao feitiço. Segundo eles o corpo é feito de barro e se desfaz, e a alma é invisível e aspira a bem aventurança eterna. Têm por isso um sacro respeito pelos mortos.

Embora constituídos por uma amálgama de crenças, são bem característicos os ritos funerários que constituem um verdadeiro culto aos mortos.

Na altura do falecimento os indivíduos que estão de vigília, saem do quarto em grande gritaria para não interromperem a saída da alma do defunto. Diziam eles que sempre que alguém morresse era bom queimar-lhe a cama para que não voltasse a esse mundo. Algum tempo depois começam a entrar no quarto, feito em câmara ardente, pessoas que enquanto vão comer do cola e bebendo genebra põem-se a fazer o elogio fúnebre, que consiste em ressaltar as boas qualidades do morto.

O cadáver é lavado e vestido, e na parede é colocado um pano preto sob um crucifixo, ante o qual todos se ajoelham e rezam. Na altura de se transportar o morto, que é metido num caixão, a sua família despede-se beijando-lhe o pé. Após a retirada do caixão do quarto para o quintal, toda a gente rapidamente e em gritos dirige-se a igreja. Voltam em seguida e formam um grupo à retaguarda do caixão, que é levado e sepultado, agora em grande silêncio por vezes cortado por espremidos soluços. Nessa mesma noite começa o nojo que se prolonga por trinta dias. Após o regresso as pessoas que forem entrando no quarto mortuário, não pronunciam uma única palavra às que aí estão, senão depois de ajoelharem diante do crucifixo e rezarem por alma do defunto. 0 sétimo dia do falecimento e conhecido pelo de "funeral", porque nesse dia se celebra uma missa de sétimo dia pela alma do falecido. O nojo nesse dia assemelha-se a uma grande festa.

Essa mística religiosa manifesta-se em muitos actos da vida; assim temos que quando nasce uma criança empregam-se todos os meios para a livrar do feiticeiro, que a noite costuma ir à cama chupar-lhe o sangue.

Nos três primeiros dias do nascimento, é uma vizinha quem amamenta a criança, porque o primeiro leite da mãe teria efeitos malignos no filho.

São amarrados ao pescoço da criança pedacinhos de paus e folhas que afugentam os feiticeiros. A criança e passada de colo em colo toda a noite, porque se estivesse na cama um momento entraria logo o feitiço nela. Debaixo do leito é colocada uma panela de barro cheia de azeite de palma, para que as bruxas em vez de sangue de criança chupem o azeite.

Política de São Tomé e Príncipe
A política de São Tomé e Príncipe tem lugar num quadro de uma república semi-presidencialista democrática representativa, segundo o qual o Presidente de São Tomé e Príncipe é chefe de estado e o primeiro-ministro, é chefe de governo e de um sistema multi-partidário.

O Poder executivo é exercido pelo governo. O Poder legislativo é atribuído a ambos o governo e a Assembleia Nacional.
O Judiciário é independente do executivo e o legislativo. São Tomé tem funcionado sob um sistema multipartidário desde 1990. Após a promulgação de uma nova Constituição em 1990, São Tomé e Príncipe realizou eleições multipartidária pela primeira vez desde a independência. Pouco após a Constituição entrou em vigor, a Assembleia Nacional de Saõ Tomé e Príncipe formalmente legalizou os partidos políticos da oposição. Candidatos independentes também foram autorizados a participar nas eleições legislativas de janeiro de 1991.

O presidente da república é eleito por um período de cinco anos por sufrágio direto universal e uma votação secreta, e pode conter até dois mandatos consecutivos. Os candidatos são escolhidos pelo seu partido da conferência nacional (ou individuais pode ser executado independentemente). Um candidato presidencial, deve obter uma maioria definitiva de voto popular, em uma primeira ou segunda rodada de votação, a fim de ser eleito presidente. 
O primeiro-ministro é nomeado pelo presidente, mas deve ser ratificado pelo partido que tiver a maioria e, portanto, normalmente vem de uma lista de sua escolha. O Primeiro-Ministro, por sua vez, os nomes dos 14 membros do gabinete.

A Assembleia Nacional (Assembleia Nacional) tem 55 membros, eleitos por prazo de quatro anos de sete eleitorados multi-membros por representação proporcional. É o órgão supremo do Estado e do mais alto órgão legislativo, e se reúne semestralmente.

Direitos humanos e democracia
Desde as reformas constitucionais de 1990 e as eleições de 1991, São Tomé e Príncipe tem feito grandes progressos em direção ao desenvolvimento das suas instituições democráticas e ainda garantir os direitos humanos e civil dos seus cidadãos. 



Os são-tomenses têm mudado livremente seus governantes através de eleições pacíficas e transparentes, e, embora tenha havido discordâncias e os conflitos políticos no interior das agências do governo e da Assembleia Nacional, os debates foram realizados e resolvidos em aberto, democrático e instâncias jurídicas, em conformidade com as disposições da lei São Tomé e Príncipe. Um certo número de partidos políticos participam ativamente do governo e expressam as suas opiniões abertamente. Liberdade de imprensa é respeitada, e há vários jornais independentes, além do boletim do governo. A respeito do governo dos direitos humanos é exemplar; o governo não participa em medidas repressivas contra os seus cidadãos, e respeita os direitos individuais devido à processo e proteção contra abusos do governo é amplamente aceite. Liberdade de expressão é aceita, e o governo não tomou medidas repressivas para silenciar os críticos.


WIKIPEDIA

NR: Este é o segundo episódio informativo sobre S. Tomé e Príncipe, o primeiro foi editado há precisamente oito dias no memso horário.

.

Sem comentários: